Deputados que representam os interesses dos policiais militares são contra o projeto que visa obrigar a ida para a reserva daqueles que se candidatarem a cargos eletivos
Nos corredores
políticos, o clima é de expectativa em relação à possível votação da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) dos militares no Senado nas próximas semanas. A
proposta visa obrigar a ida para a reserva daqueles que se candidatarem em
eleições. Embora haja confiança por parte de integrantes do governo Lula e dos
comandantes das Forças Armadas, favoráveis à medida, o principal ponto de
preocupação reside na Câmara dos Deputados.
Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, “o ministro da
Defesa, José Múcio Monteiro, tem recebido alertas de que os deputados que
representam os interesses dos policiais militares na Casa estão frontalmente
contra o projeto. O temor é que a PEC avance para uma proposta que também atinja
diretamente os PMs. Com isso, eles seriam obrigados a deixar a carreira se
forem candidatos a algum cargo eletivo”.
Um fato que evidencia a crescente influência política das forças
de segurança é o aumento significativo do número de deputados eleitos
provenientes das Polícias Civil ou Militar, ou das Forças Armadas. Em 2022,
esse número alcançou 48, enquanto em 2002 eram apenas 13 com esse perfil. A
politização das polícias e seu impacto nas esferas de poder foram discutidos em
uma reunião ocorrida na semana passada no Quartel General do Exército, em
Brasília.
Nesse encontro estiveram presentes os comandantes das
Forças Armadas, o ministro José Múcio, o líder do governo no Senado, Jaques
Wagner (PT-BA), e o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Embora Mourão
tenha expressado sua oposição ao projeto, ele concordou que o mesmo deve ser
submetido a votação.
Fonte: Brasil 247 com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo
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