Thomas Traumann afirma que as ações do presidente do Senado representam uma ameaça significativa à estabilidade fiscal do país
O jornalista Thomas
Traumann, que foi ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no
governo Dilma Rousseff, fez uma série de críticas ao presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em seu mais recente artigo na revista Veja.
No artigo, Traumann classifica Pacheco como um
"homem-bomba" com o poder de causar sérios danos aos planos do
governo do presidente Lula.
O artigo analisa as ações recentes de Pacheco, apontando-o como
uma ameaça significativa à estabilidade fiscal do país. O presidente do Senado,
que busca manter uma imagem pública positiva, está por trás de propostas
financeiramente arriscadas, incluindo aumentos salariais automáticos para
juízes e promotores e uma onerosa renegociação da dívida de Minas Gerais. Suas
iniciativas financeiras, se aprovadas, poderiam desestabilizar a economia
nacional, enquanto suas propostas de segurança pública poderiam levar a prisões
superlotadas e conflitos institucionais, escreve Traumann.
Além disso, Pacheco adota uma postura populista em
finanças e uma abordagem que agrada à base bolsonarista em questões de
costumes, buscando apoio político para futuras campanhas eleitorais. Seus
movimentos políticos são vistos como táticas arriscadas que podem prejudicar
tanto a administração do presidente Lula quanto suas próprias ambições de se
tornar governador de Minas Gerais em 2026. As críticas incluem o risco de seus
planos alimentarem instabilidade econômica e desgaste político.
"A sua fixação em controlar o Judiciário atrai o STF para
um confronto institucional. Se fizesse metade do que faz Pacheco, Eduardo Cunha
teria derrubado Dilma Rousseff em menos tempo", escreve o articulista.
"Sem chance de se reaproximar do bolsonarismo e
reduzindo as chances de sucesso de Lula, Pacheco atua como o dono de um
dispositivo nuclear, ameaçando detonar uma bomba caso seus pedidos não sejam
atendidos. Ele parece não ter avaliado o risco de ajudar a eleger Alcolumbre
presidente do Senado e, depois, virar governador de Minas. Mas vai governar
sobre uma terra arrasada", escreve.
Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja
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