Aliados do senador afirmam que ele vinha demonstrando insatisfação com a suposta demora do governo em resolver a questão da desoneração da folha de pagamentos
O presidente do
Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse a aliados e interlocutores
que "ninguém pode reclamar que foi surpreendido" com a sua decisão de
deixar trechos da medida provisória que trata da desoneração da folha de
pagamentos caducar. "Quando você marca uma data, essa data chega”, teria
dito Pacheco a interlocutores, segundo a coluna da jornalista Camila Bomfim,
do G1.
Ainda segundo a reportagem, aliados do senador afirmam que
ele vinha demonstrando cansaço e insatisfação com as promessas do governo em
relação a essa questão. Nesta segunda-feira (1), Pacheco optou por prorrogar
parte da Medida Provisória 1.202, editada pelo governo no fim do ano passado
com o objetivo de revogar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores
da economia e determinados municípios. Nesta linha, ele deixou expirar a
revogação da desoneração da folha para municípios de até 156 mil habitantes,
que teria efeito a partir desta terça-feira (2).
O trecho da medida provisória que perdeu a validade estabelecia
que as prefeituras deveriam pagar uma alíquota de 20% sobre a folha de
pagamento dos servidores, um percentual bem acima dos atuais 8% previstos por
lei. A equipe econômica do governo contava com a arrecadação dos impostos das
prefeituras, estimada em cerca de R$ 10 bilhões.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua
surpresa e destacou a importância de continuar o diálogo com o Congresso.
Haddad defendeu ainda um "pacto" entre os três Poderes para “arrumar”
as contas públicas. "A arrumação das contas públicas exige um compromisso
dos três Poderes”, disse.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Camila Bomfim, do G1
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