A decisão do IBGE de incluir as Malvinas como parte do território argentino está em linha com a posição do Itamaraty
No novo formato de mapa-múndi lançado pelo IBGE nesta semana, o Brasil ocupa o centro da Terra, uma mudança simbólica que tira a visão eurocêntrica predominante. Além disso, o mapa indica as Ilhas Malvinas como parte do território argentino, uma decisão que reflete a posição adotada pelo governo brasileiro em relação à soberania do arquipélago.
As Ilhas Malvinas, embora sob domínio britânico, são alvo de disputa entre a Argentina e o Reino Unido. O presidente argentino, Javier Milei, recentemente reiterou a reivindicação da soberania argentina sobre as ilhas.
A decisão do IBGE de incluir as Malvinas como parte do território argentino está em linha com a posição do Itamaraty, que defendeu a legitimidade dos direitos argentinos sobre o arquipélago e a retomada das negociações bilaterais entre argentinos e britânicos.
Essa posição do Brasil remonta a 1833, quando a embaixada brasileira em Londres recebeu instruções para apoiar o protesto argentino contra a ocupação das Ilhas pelo Reino Unido.
O governo brasileiro, alinhado com a Argentina, busca criar um ambiente de confiança para retomar as negociações bilaterais, em conformidade com as resoluções das Nações Unidas sobre o tema.
Sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o tema das Ilhas Malvinas gerou polêmica, especialmente após o governo autorizar que aviões militares britânicos em rota para as ilhas pousassem em aeroportos brasileiros, o que desagradou os argentinos. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também causou controvérsia ao se referir ao arquipélago como “Falklands”, nome britânico.
Apesar dos apelos da Argentina para a retomada das negociações, o Reino Unido considera a questão resolvida. O arquipélago, palco de disputas desde a guerra de 1982, permanece sob domínio britânico.
O novo mapa-múndi entregue ao presidente Lula pelo IBGE reflete uma mudança significativa na representação global, afastando-se da visão eurocêntrica predominante e posicionando o Brasil de forma central, simbolicamente reforçando sua relevância no contexto mundial.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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