Após ataques à soberania nacional
brasileira, o bilionário agora escancara sua ligação com a extrema direita
Após atacar a
soberania nacional brasileira e desafiar o Judiciário, ameaçando descumprir
ordens judiciais proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente
pelo ministro Alexandre de Moraes, o bilionário Elon Musk escancara sua ligação
com a extrema direita e se vincula definitivamente com o fascismo ao fazer uma
live com Jair Bolsonaro (PL).
O anúncio da live foi feito pela senadora bolsonarista
Damares Alves (Republicanos-PL) por meio de rede social. De acordo com a
divulgação da parlamentar, o evento ocorrerá neste sábado (13) às 21h30, por
meio do Instagram do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
A situação entre Musk e o Brasil escalou no domingo (7), quando
o bilionário passou a ameaçar descumprir as decisões do ministro e o provocou a
renunciar ou sofrer impeachment. O empresário, dono do X, antigo Twitter,
também compartilhou publicações do jornalista americano Michael Shellenberger,
que apontavam supostas violações da liberdade de expressão no Brasil.
As tensões atingiram um novo patamar quando Moraes incluiu
Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais
antidemocráticas e seu financiamento, além de abrir uma investigação por
obstrução à Justiça, incluindo possíveis envolvimentos em organização criminosa
e incitação ao crime. Diante das ameaças de Musk, Moraes estabeleceu uma multa
diária de R$ 100 mil por perfil, caso a empresa de Musk desobedeça qualquer decisão
do STF, incluindo a reativação de perfis cujo bloqueio foi determinado pelo
tribunal.
Para além do X, outra empresa de Musk, a Starlink, está
envolvida em uma polêmica relacionada à proteção das terras indígenas e ao
acesso à internet. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou recentemente ao
presidente do STF, Luís Roberto Barroso, um pedido que impacta diretamente a
Starlink e outras provedoras de internet. O pedido da AGU visa uma liminar para
que as empresas suspendam o acesso à internet móvel via satélite dentro da
terra indígena ianomâmi, exceto para equipamentos utilizados por órgãos de
Estado. O objetivo é combater o garimpo ilegal, que tem sido uma ameaça
crescente para a região.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu equipamentos da Starlink em diversos
garimpos ilegais na região amazônica nos últimos 12 meses. Apenas de abril de
2023 a março de 2024, foram encontrados pelo menos 32 dispositivos da Starlink
em áreas de mineração ilegal. Recentemente, uma operação da Polícia Federal na
terra indígena dos ianomâmis resultou na apreensão de 24 antenas da Starlink,
utilizadas pelos garimpeiros para comunicação.
Fonte: Brasil 247
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