terça-feira, 23 de abril de 2024

Moraes ordena que PF aprofunde investigação contra Bolsonaro e aliados sobre fraudes em cartões de vacina

 Ministério Público pediu mais informações sobre possível conexão dessas fraudes com tentativa de golpe de Estado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou um requerimento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Federal intensifique as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas relacionadas a fraudes em cartões de vacina.


Nesta terça-feira (23), o Ministério Público solicitou uma investigação mais aprofundada sobre o esquema, incluindo uma possível conexão das fraudes com uma tentativa de golpe de Estado.


Na decisão de remeter o caso de volta à Polícia Federal, Moraes especificou que a corporação deve esclarecer diversos pontos, como o uso efetivo dos cartões de vacina falsificados nos Estados Unidos e o relatório da perícia realizada no celular do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), um dos investigados por supostamente coordenar a inserção de informações falsas nos cartões e nos sistemas do Ministério da Saúde.


Além disso, foi solicitada a análise do conteúdo dos dispositivos eletrônicos apreendidos com outros envolvidos, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordena de Bolsonaro.


O pedido da PGR por uma investigação mais ampla surgiu após a PF indiciar Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e mais 15 pessoas por crimes como associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.


Paulo Gonet, procurador-geral da República, enfatizou a importância de reunir mais evidências sobre as investigações de adulteração do cartão de vacinação, especialmente considerando uma possível conexão com outras apurações, como a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.


Ao concluir a investigação, a PF relacionou o caso dos certificados de vacinação à apuração de um plano de Bolsonaro e seus aliados para realizar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente Lula.


Os investigadores sugerem que o esquema de fraude nos cartões de vacina poderia ter sido usado pelo grupo para garantir documentos necessários para viagens internacionais, enquanto aguardavam os desdobramentos da tentativa de golpe ocorrida em janeiro de 2023.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

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