segunda-feira, 29 de abril de 2024

Ministério Público denuncia por homicídio doloso e pede prisão de motorista de Porsche que causou colisão em São Paulo

 Essa é a terceira vez que a Promotoria endossa o pedido de prisão feito pela Polícia Civil

O Ministério Público (MP) formalizou, nesta segunda-feira (29), junto à Justiça, a denúncia contra o condutor do Porsche envolvido em um acidente fatal no último mês, em São Paulo. O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia o veículo de luxo no momento do incidente, foi acusado pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. O MP solicitou ainda a prisão preventiva do denunciado.


Essa é a terceira vez que a Promotoria endossa o pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra o motorista do Porsche. Atualmente em liberdade, Fernando é apontado pela promotora Monique Ratton como uma influência potencial sobre as testemunhas do caso, o que justifica a necessidade de sua prisão para garantir a integridade do processo.


A decisão sobre a prisão de Fernando caberá ao juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri. Anteriormente, a Justiça havia negado dois pedidos de prisão contra o empresário, um temporário e outro preventivo.


O acidente ocorreu em 31 de março deste ano na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens revelam o Porsche transitando a 156,4 km/h antes de colidir na traseira de um Sandero a 114,8 km/h, segundo dados da Polícia Técnico-Científica. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h.


Além do excesso de velocidade, testemunhas relataram à Polícia Civil que Fernando havia ingerido bebidas alcoólicas momentos antes de assumir a direção do veículo. A promotora Monique Ratton acusa o empresário de homicídio doloso qualificado, por ter assumido o risco de matar, e lesão corporal gravíssima, pela gravidade dos ferimentos causados a Marcus Vinicius Machado Rocha, passageiro do Porsche durante o acidente.


Marcus sofreu fraturas costais e foi submetido a uma cirurgia para retirada do baço e colocação de drenos nos pulmões, permanecendo internado por dez dias. Apesar de já ter recebido alta, o estudante de medicina enfrentou graves consequências físicas em decorrência do acidente.


Os policiais militares que atenderam a ocorrência dispensaram Fernando sem submetê-lo ao teste do bafômetro, após a mãe do empresário, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, argumentar que o levaria pessoalmente ao hospital, alegando ferimentos na boca. No entanto, não houve busca por assistência médica.


O MP não responsabilizou criminalmente a mãe de Fernando, apesar de relatos de sua participação na fuga do local do acidente. O 30º Distrito Policial, responsável pela investigação, também não indiciou Daniela pelo crime.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

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