Em publicação nas redes sociais, André Fernandes declarou que o ocorrido representava uma ‘clara ameaça’ contra ele
O deputado federal bolsonarista, André Fernandes (PL-CE), denunciou à Polícia Federal a ação de manifestantes depois da fachada de seu escritório em Fortaleza ser pichada e queimada durante a madrugada desta segunda-feira.
Um grupo de ativistas assumiu a responsabilidade pelas pichações e também pela queima de um boneco com a imagem do parlamentar. Fernandes registrou o incidente na Polícia Civil e enviou notificações relatando o ataque ao secretário de segurança do Ceará, Samuel Elânio, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Em uma publicação nas redes sociais na manhã de segunda-feira, Fernandes declarou que o ocorrido representava uma “clara ameaça” contra ele. “Pelos vídeos das câmeras de segurança e pelas imagens postadas em redes sociais, já podemos perceber que se trata de movimentos ligados ao PT”, escreveu o parlamentar na postagem.
“Vocês querem me ver queimado? Querem me ver morto? É uma tentativa de me intimidar? Senhores, não funcionou. Continuaremos”, disse o deputado na publicação.
Posteriormente, o deputado mostrou que o grupo assumiu a autoria do ato. O perfil do grupo no Instagram, chamado “Levante Ceará”, compartilhou imagens do incidente com o título “Por que escrachamos André Fernandes?”.
O texto relembra os ataques golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes do Três Poderes em Brasília.
André Fernandes está sob investigação em um inquérito da Procuradoria-Geral da República por incitar os atos golpistas.
Os pedidos de abertura de inquérito, feitos em janeiro de 2023, indicavam que postagens feitas por ele em redes sociais, antes e durante as invasões, poderiam configurar incitação pública à prática de crime e ataque à democracia.
André Fernandes foi o deputado mais votado do Ceará nas eleições de 2022. Ele enfrenta diversas ações contra seu mandato, com acusações de calúnia, injúria e disseminação de informações falsas.
Em 2019, o então governador do Ceará, Camilo Santana, apresentou uma representação criminal contra o deputado, acusando-o de calúnia, difamação e injúria, mencionando o uso de suas redes sociais para disseminar notícias falsas.
Em 2020, o Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará acionou o Ministério Público para investigar possíveis irregularidades em publicações de Fernandes, que divulgava informações falsas sobre a pandemia de Covid-19.
Fonte: Agenda do Poder com Informações de O Globo.
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