As mobilizações se replicam em diferentes províncias como Córdoba, Santiago del Estero e na capital Buenos Aires
RT - Dezenas de milhares
de argentinos iniciaram nesta terça-feira uma nova jornada de protestos contra
o governo de Javier Milei e em defesa da universidade pública e gratuita,
instituições que se encontram à beira do colapso devido aos drásticos cortes
orçamentários aplicados pela administração libertária.
As manifestações
foram convocadas por estudantes, professores e reitores das 55 universidades
públicas do país, que denunciaram as duras políticas de Milei contra o setor
público, conhecidas como as medidas de "ajuste" do plano
'motosierra', que colocam em risco a continuidade dos estudos de dezenas de
milhares de estudantes.
À marcha juntaram-se
organizações sindicais e sociais, de direitos humanos, políticos de diferentes
partidos, jornalistas, escritores, artistas e coletivos, que pela primeira vez
uniram forças para tentar frear as políticas de ajuste de Milei que provocaram
demissões em massa e agravaram a crise econômica, com um aumento acelerado da
pobreza, que ronda os 50% e continua em ascensão.
Em Córdoba, a segunda
cidade mais populosa depois de Buenos Aires, na região central do país, está em
curso uma mobilização massiva que atravessa a avenida Hipólito Yrigoyen, uma
das principais artérias viárias dessa cidade.
Em imagens captadas
pela mídia local, observa-se como a multidão enche a referida avenida de uma
ponta à outra, enquanto os manifestantes marcham com vivas, faixas e
reivindicações em direção à administração de Milei.
Da mesma forma, no
norte do país, em Santiago del Estero, as mobilizações massivas já estão nas
ruas para protestar contra a administração de Milei e em defesa da educação
pública.
Na capital do país,
onde se espera que a mobilização ganhe mais força durante a tarde, diversos
atores já começaram a se mobilizar, incluindo estudantes e professores da
Universidade de Buenos Aires (UBA).
Enquanto isso, o
governador da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof, comentou ao meio de
comunicação local El Destape, que a marcha desta terça-feira "será muito
determinante", porque responde a todo o descontentamento que a população
sente pelas "mentiras" do governo de Milei.
Kicillof acrescentou
que Milei, em apenas quatro meses, "causou um grande estrago" ao
país, resultado de suas políticas econômicas e decisões que não têm nada a ver
com o que prometeu durante a campanha e com um "corte sem precedentes"
na Argentina.
Fonte: Brasil 247 com RT
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