terça-feira, 23 de abril de 2024

Lula volta a criticar taxa de juros, mas diz que não tem pressa para indicar sucessor de Campos no Banco Central

 Presidente frisou que conviveu o presidente do BC por um ano e quatro meses e que ‘não tem problema viver mais seis (meses)’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que não tem pressa para indicar o substituto do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e que está disposto a esperar mais seis meses, caso necessário. Campos Neto está previsto para deixar o cargo no final deste ano.


Lula destacou que conviveu com o atual presidente do BC por um ano e quatro meses e que ‘não tem problema viver mais seis (meses)’. Essas declarações foram feitas durante um café da manhã com jornalistas que cobrem o dia a dia da Presidência.


Questionado sobre a possibilidade de antecipar a sucessão no Banco Central, Lula respondeu que ainda não tomou uma decisão definitiva, mas sugeriu que a escolha poderá ser adiada para o final do ano, quando termina o mandato de Campos Neto.


“Tenho que indicar mais diretores e tenho que indicar o presidente do Banco Central até o final do ano. Só tenho que decidir se vou antecipar ou se deixo para indicar mais próximo do vencimento do mandato do presidente Roberto Campos”, explicou Lula aos jornalistas.


Lula também aproveitou para reiterar suas críticas à taxa básica de juros, enfatizando que é o povo brasileiro e os empresários que sofrem com essa situação. Ele ressaltou que o mercado financeiro lucra com as altas taxas de juros, enquanto o povo e os empresários enfrentam dificuldades para obter financiamento para investimentos.


“A taxa de juros alta prejudica o povo brasileiro e os empresários que não conseguem dinheiro para investir. É isso que está em jogo”, declarou Lula.


Atualmente, a taxa Selic está em 10,75%, um patamar que o governo considera ainda elevado. Em uma cerimônia recente, Lula indicou que embora não tenha feito críticas diretas às taxas de juros, a situação é amplamente reconhecida como desafiadora.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário