Presidente trata com naturalidade resultados de pesquisas e diz ter confiança no trabalho desenvolvido pela sua administração
Por Marcos Mortari, Infomoney - O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) minimizou, nesta terça-feira (23), os resultados de pesquisas que
indicam uma perda recente de aprovação ao seu governo pela sociedade.
Em café da manhã com
jornalistas, no Palácio do Planalto, o mandatário tratou com naturalidade o
movimento capturado por diversas empresas especializadas em opinião pública e
disse ter confiança no trabalho desenvolvido pela sua administração e que os resultados
serão colhidos em breve.
“Um político qualquer
que tiver preocupação com pesquisa no começo de seu mandato efetivamente não
está preparado para ser político”, afirmou.
“Quando sai uma
pesquisa, no primeiro ano de mandato, é normal que a expectativa que não foi
atendida gere um mau humor na sociedade. Antes de ser presidente, fui eleitor.
Sei como funcionam essas coisas”, disse.
Durante a conversa,
Lula disse “ter clareza” de tudo o que prometeu na campanha eleitoral de 2022,
em que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 50,90% dos votos
válidos, e sustentou que irá cumpri-las até o fim de seu terceiro mandato.
“Não me incomoda,
porque sei o que estamos fazendo e plantando”, disse. “Sei que estamos
plantando desenvolvimento, geração de emprego, melhoria das condições
salariais, melhoria do salário mínimo. Tudo isso está acontecendo”.
“Pensa que eu esqueci
da cervejinha e da picanha? Eu não esqueci. Falo até hoje de que o preço da
carne já baixou e tem que baixar mais. Tem que baixar muito mais. Ou você baixa
o preço da comida ou aumenta o salário do povo. É a forma de permitir que ele
tenha acesso às coisas”, pontuou.
Na última campanha
eleitoral, Lula prometia melhores condições de acesso da população a esses
produtos, em um discurso que unia combate às desigualdades e ampliação do
mercado consumidor interno − que tem sido lembrado com frequência por
opositores.
Durante a conversa
com jornalistas, Lula também lembrou de seu compromisso de campanha de subir a
faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para até R$ 5 mil
mensais até o fim de seu mandato, em 2026. “Tudo isso vai acontecer”, disse.
“No momento em que as
coisas começarem a acontecer, o povo vai fazer a avaliação correta do que está
acontecendo no Brasil. As pessoas podem não gostar de um presidente, mas as
pessoas podem gostar da política que está sendo colocada em prática nesse país”,
concluiu.
Fonte: Brasil 247 com Infomoney
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