A invasão da embaixada ocorreu em 5 de abril, quando policiais equatorianos buscavam prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador
Em um discurso contundente nesta terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou veementemente a invasão da Embaixada do México em Quito, Equador, por policiais armados equatorianos no início deste mês. Em suas palavras durante uma cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lula afirmou que tal medida “nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe”.
Lula ressaltou que o ocorrido é “simplesmente inaceitável e não afeta só o México”, convocando o Equador a se desculpar formalmente e agindo para evitar futuros episódios semelhantes.
“Um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta”, enfatizou Lula durante o evento. As palavras do presidente brasileiro, no entanto, não foram transmitidas pelo governo brasileiro, sendo divulgadas posteriormente em uma transcrição pelo Palácio do Planalto.
Lula também elogiou a decisão do governo mexicano de recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, e pedir a suspensão do Equador da ONU em virtude da invasão da embaixada. Ele destacou a importância de resolver a crise regionalmente, sem intervenção externa.
A invasão da embaixada ocorreu em 5 de abril, quando policiais equatorianos buscavam prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, refugiado na embaixada desde dezembro de 2023. Lula também lembrou que, segundo a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, os locais de missões de um país dentro de outro são considerados invioláveis, ressaltando a necessidade de respeitar o direito internacional.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1
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