Cobrança foi feita durante lançamento do programa Desenrola, focado na renegociação de dívidas de microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confrontou nesta segunda-feira (22) as previsões “pessimistas” sobre a economia brasileira, enquanto pressionava os ministros por um maior engajamento na relação com o Legislativo para aprovar medidas de interesse do governo.
Durante evento no Palácio do Planalto para o lançamento do programa “Desenrola” dos pequenos negócios, focado na renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, Lula enviou um recado aos críticos da conjuntura econômica.
“Eu quero alertar os pessimistas: esse país vai crescer mais neste ano do que vocês falaram até agora, os empregos serão gerados mais do que vocês imaginaram até agora, a massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora”, enfatizou o presidente.
Lula também fez uma chamada direta aos ministros, incluindo Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Rui Costa (Casa Civil), pedindo-lhes mais agilidade e intensificação do diálogo com os parlamentares.
“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, disse Lula.
No entanto, o presidente não mencionou Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, cuja função é a interlocução do Executivo com o Legislativo. Recentemente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manifestou insatisfação com Padilha, chamando-o de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
Em resposta, Padilha negou qualquer desavença e afirmou que as dificuldades estavam superadas após uma reunião de emergência convocada por Lula com líderes do governo no Congresso. O ministro reiterou a importância da relação harmoniosa entre os Poderes para a efetivação das políticas governamentais.
O PT conta com 68 dos 513 deputados e depende de alianças, especialmente com partidos do Centrão, para a aprovação de projetos na Câmara. Uma situação semelhante ocorre no Senado, onde o PT possui oito dos 81 parlamentares.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1
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