O ato no Rio é considerado uma estratégia de Bolsonaro para avaliar sua influência política frente ao avanço das investigações da PF
O general da reserva Walter Braga Netto, atualmente investigado pela Polícia Federal (PF) no contexto de uma suposta trama para manter Jair Bolsonaro na Presidência ,após a derrota eleitoral para Lula em 2022, divulgou em suas redes sociais, nesta terça-feira (16), uma convocação para um ato em apoio ao ex-presidente no Rio de Janeiro.
A manifestação, marcada para o próximo domingo (21), tem o respaldo direto de Bolsonaro, que busca replicar o sucesso do ato na Avenida Paulista no final de fevereiro, agora na orla de Copacabana. No vídeo compartilhado pelo general, Bolsonaro destaca que o evento defenderá valores como o Estado Democrático de Direito, a liberdade de expressão e a democracia. Braga Netto não acrescentou qualquer comentário à publicação.
Semelhante à mobilização em São Paulo, o ato no Rio é considerado uma estratégia de Bolsonaro para avaliar sua influência política frente ao avanço das investigações da Polícia Federal. Desde o evento na Paulista, Bolsonaro enfrenta um inquérito da PF por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações relacionados à fraude de comprovantes de vacinação.
Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, Braga Netto concorreu em 2022 como vice na chapa em que o então presidente tentou a reeleição. Atualmente, ele está impedido de manter contato com Bolsonaro e outros alvos da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro.
Caso participe da manifestação, Braga Netto deverá evitar a proximidade com o ex-presidente. Em São Paulo, outro investigado pela PF por suspeitas de envolvimento com as alegações golpistas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve próximo ao local do evento, cumprimentando apoiadores de Bolsonaro, mas não subiu ao palco junto ao ex-presidente.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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