Decisão sobre dividendos da Petrobras dividiu o governo Lula
O Ministério da
Fazenda estima que o governo receberá uma receita adicional de R$ 6 bilhões com
a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras aos acionistas. A
União, como acionista majoritária, também receberá uma parcela do pagamento. A
decisão foi tomada em reunião do Conselho de Administração da empresa na última
sexta-feira, onde foi definida a liberação do pagamento de 50% dos dividendos
extraordinários que haviam sido retidos. Se aprovado em assembleia, o pagamento
de metade dos dividendos fará a Petrobras distribuir quase R$ 22 bilhões ao
mercado, segundo reportagem do
Globo.
A liberação dos dividendos surge em um momento oportuno
para o governo, com a equipe econômica enfrentando um aumento constante de
despesas e pouca disponibilidade do Congresso Nacional para promover cortes de
gastos. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta atingir o déficit zero
neste ano. No entanto, houve discordância interna. O Ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira, era contra o pagamento aos acionistas neste
momento, preferindo reservar o dinheiro para investimentos. Na última terça-feira,
o governo anunciou uma mudança na meta fiscal de 2025, que caiu de um superávit
de 0,5% do PIB para déficit zero. Haddad tem dito que o cumprimento da meta
fiscal depende da aprovação de propostas que minimizem os gastos públicos, e
não apenas daquelas que geram receita, como ocorreu em 2023.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo
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