Ministro diz que é preciso combater a disseminação de desinformação e discursos de ódio nas redes sociais, mas que o governo busca uma "saída democrática para o problema"
O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) enfrenta dificuldades no que diz respeito à comunicação e no combate
às fake news e que o governo busca encontrar uma "saída democrática"
para coibir a disseminação de desinformação e discursos de ódio nas redes
sociais.
"Queremos uma saída democrática para o problema. Não
queremos uma saída autoritária. Tem países que adotam saídas autoritárias.
Proíbe [o funcionamento das plataformas] e acabou.Nós queremos proteger o
indivíduo de uma avalanche de desinformação que ofende a sua reputação e contra
a qual ele não tem proteção", disse Haddad ao jornal Folha de S. Paulo.
"Eu concordo com os críticos que dizem que nós ainda
estamos muito analógicos nas redes sociais. O combate às fake news é um
problema ainda para nós. Eu às vezes recebo relatório de [publicações em]
redes. O grau de desinformação é muito grande", observou Haddad.
"Nós temos também que calibrar melhor a nossa
comunicação, os nossos discursos. Precisamos aprender a lidar com essa ascensão
da extrema direita. Será um ciclo longo, um inverno longo. A extrema direita
não é episódica. Ela pode até durar pouco no curso da História. Mas às custas
de muita destruição às vezes", disse.
Ainda segundo ele, "quando você tem um partido de
centro-esquerda de um lado e um de centro-direita de outro, há paridade de
armas. Com a extrema direita não há paridade. Essa que é a verdade. Não tem
proteção. Ela usa ferramentas que não são da nossa cultura".
O ministro também destacou que "o presidente Lula
está reconstruindo muita coisa que estava em decomposição. Há um esforço de
reorganização do Estado e de políticas públicas que é notável. O Ministério do
Meio Ambiente estava liquidado, o da Saúde era negacionista, a Ciência e
Tecnologia vivia um descalabro. Há também as instituições. Eu não quero viver
em uma ditadura. Talvez tudo isso que estamos fazendo não apareça em um
primeiro momento. Mas não é pouco. Não houve propriamente um governo Bolsonaro
que nos antecedeu. Ele terceirizou para o Legislativo e não governou".
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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