Desde janeiro de 2023, o governo brasileiro garantiu uma significativa expansão do comércio sem o fechamento de nenhum mercado para o Brasil
Desde janeiro de
2023, o governo brasileiro tem conquistado importantes avanços no campo da
diplomacia comercial, abrindo as portas para o agronegócio nacional em 105
novos mercados distribuídos em 50 países ao redor do mundo. Essa significativa
expansão ocorreu sem o fechamento de nenhum mercado para o Brasil no mesmo
período, informa o jornal O Globo.
Segundo Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações
Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
esses novos mercados não apenas representam a ampliação do comércio, mas também
incluem locais que antes não importavam produtos brasileiros. Perosa ressalta
que a retomada de uma diplomacia eficaz facilita a abertura de novos mercados,
e um dos trunfos do Brasil é sua excelência no controle fitossanitário, aspecto
fundamental para a exportação de alimentos.
Entre as prioridades destacadas pelo secretário estão o Sudeste
Asiático e os países africanos. Ele destaca que a volta do Brasil ao cenário
internacional facilitou as negociações com parceiros estrangeiros, permitindo
acesso a mercados de diferentes tamanhos. Perosa enfatizou especialmente a
abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, considerando-a uma
vitória de grande relevância.
Dentre os produtos brasileiros que ganharam novos mercados
estão o algodão para o Egito, carnes bovina e suína para Cingapura, suco de
açaí para a Índia, frango para Israel e Argélia, mamão para o Chile, arroz para
o Quênia, pescados para Austrália, Egito e África do Sul, ovos para a Rússia, e
café verde para a Zâmbia.
Apesar da importância dessas conquistas, o impacto delas na
balança comercial ainda não foi calculado, informou o secretário. No entanto,
dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam
que as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o recorde de US$ 166,5
bilhões no ano passado, representando um aumento de US$ 7,7 bilhões em relação
a 2022.
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca a interação entre o setor privado e o governo na definição das prioridades de missões internacionais, o que tem sido fundamental para a abertura desses novos mercados. Santin lembra que o comércio internacional é um jogo de mão dupla e que é necessário permitir também que outros países exportem para o Brasil.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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