Segundo o presidente, os locais não homologados são ocupados por fazendeiros ou por famílias de baixa renda. “Alguns governadores pediram tempo para tirar essas pessoas"
O presidente Lula
(PT), que assumiu o mandato no início de 2023 prometendo demarcar 14 terras
indígenas nos primeiros 100 dias de governo, ainda não conseguiu alcançar a
meta. Na última quinta-feira (18), ele assinou a homologação de dois novos
territórios. No ano passado, foram oficializadas oito demarcações, somando um
total de dez, segundo o Metrópoles. Outras quatro já passaram por
todo o trâmite de demarcação e aguardam apenas o aval do presidente.
O número, no entanto, ainda é pequeno frente à quantidade
de territórios que aguardam a regularização. Segundo dados da Fundação Nacional
dos Povos Indígenas (Funai), há 247 terras esperando definição: 132 estão sob
estudo, 48 estão delimitadas e 67 tiveram declaração como terra indígena.
Outros 12 territórios receberam homologação, a última fase antes da demarcação,
e 477 finalizaram a regularização. Existem ainda 490 áreas reivindicadas por
indígenas e sob análise inicial da Funai.
As terras indígenas reconhecidas durante o terceiro mandato de
Lula foram: Aldeia Velha (BA), Acapuri de Cima (AM), Arara do Rio Amônia (AC),
Avá-Canoeiro (GO), Cacique Fontoura (MT), Kariri-Xocó (AL), Rio dos Índios
(RS), Rio Gregório (AC), Tremembé da Barra do Mundaú (CE) e Uneiuxi (AM).
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, havia
afirmado que o governo finalizaria a demarcação dos 14 territórios até o fim do
mês, o que não deve ocorrer.
Segundo o presidente, os locais ainda não
homologados são territórios ocupados por fazendeiros ou por famílias de baixa
renda. “Tem alguns governadores que pediram um tempo para a gente saber como
vai tirar essas pessoas. Porque a gente não pode chegar lá com a polícia e ser
violento”, justificou o presidente.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário