Deputada criticou as sinalizações do BC de que o ritmo de redução da Selic poderá ser ainda mais lento
A deputada federal
Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, fez duras críticas ao
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma entrevista ao podcast
Flownews, na sexta-feira (26). Hoffmann acusou Campos Neto de buscar uma
desculpa para boicotar o Brasil ao expressar preocupações sobre o possível
impacto do crescimento do emprego na inflação do setor de serviços durante um
evento.
Segundo Hoffmann, essa postura é "criminosa" e
serve como justificativa para manter a taxa básica de juros (Selic) em níveis
elevados, o que prejudica os investimentos das empresas e afeta a população.
Ela argumenta que as declarações frequentes do presidente do BC contradizem
conquistas importantes para o bem-estar dos brasileiros, como o aumento do
emprego e da renda.
Hoffmann destacou um relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
divulgado pelo jornal Valor Econômico, que aponta que em 2023 as empresas de
capital aberto do país gastaram mais com despesas financeiras, especialmente
com pagamento de juros, do que com investimentos em suas atividades.
Durante a entrevista, Hoffmann enfatizou que os altos
níveis da Selic estão desconectados da realidade econômica do país,
considerando a estabilidade econômica e a inflação controlada. Ela questionou a
necessidade de manter os juros em patamares tão elevados, quando a meta da
inflação é baixa e está sendo cumprida.
Além disso, a deputada criticou as sinalizações do BC de que o
ritmo de redução da Selic poderá ser ainda mais lento, considerando que isso
prejudicaria os esforços para impulsionar a economia e o emprego no país.
Em relação aos avanços verificados durante o governo Lula,
Hoffmann defendeu o fortalecimento dos investimentos públicos como forma de
alavancar o desenvolvimento. Ela destacou a reconstrução e fortalecimento de
várias políticas públicas em apenas 14 meses de governo, ressaltando que os
impactos positivos dessas ações serão percebidos em breve pela população.
Fonte: Brasil 247
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