sábado, 13 de abril de 2024

Felipe Neto critica Greenwald por defesa de Musk: “Trata a gente como vira-lata”


Felipe Neto em entrevista ao Uol. Foto: reprodução

 O youtuber Felipe Neto, um dos alvos das supostas denúncias feitas pelo “Twitter Files”, criticou o jornalista estadunidense Glenn Greenwald por sua defesa ao bilionário Elon Musk e à “liberdade de expressão” irrestrita que eles defendem com base na legislação dos Estados Unidos.

“O Glenn pega a visão Chomskyniana em relação à imprensa, em relação à liberdade de expressão literária e tenta aplicar isso nas redes sociais. Eu discordo disso completamente do Glenn e acho que ele tenta importar para o Brasil a legislação norte-americana de uma maneira que trata a gente como vira-lata”, disse o influenciador.

Para contextualizar a visão do jornalista, Neto afirmou que era próximo ao viúvo de David Miranda (PSOL-RJ), mas que a defesa de Noam Chomsky era outra. “O Chomsky trazia uma visão libertária em relação à liberdade de expressão que era muito para literatura, para livro. Ele dizia que nenhum livro deveria ser censurado. Ele ficou muito marcado por defender que um livro que negava o holocausto pudesse ter o direito de ser publicado”.

“Quem disse que a gente quer a Constituição norte-americana? Por que o Glenn não está lá na Europa também?”, questionou o youtuber. “É no mínimo hipócrita e no máximo criminoso você alegar que o Brasil precisa tentar copiar outros modelos para permitir que as pessoas sejam nazistas, por exemplo”.

Na sequência, a jornalista Fabíola Cidral, que comandava a entrevista ao lado de Cris Fibe e Thais Bilenky, perguntou a Felipe qual seria o limite da liberdade de expressão e quando um perfil deveria ser excluído das redes sociais, exemplificando com os casos de desinformações que causaram mortes durante a pandemia de Covid-19.

“Nós temos no mundo duas liberdades fundamentais: a física, com o direito de ir e vir, que pode ter sanções, cerceamentos dos mais variados, e a liberdade digital. A minha defesa, aí é uma visão minha, é que nós temos que ter para o ambiente digital o mesmo grau de complexidade que nós temos no mundo físico”, iniciou mencionando as palestras que deu em entidades sobre Unesco e ONU sobre o tema.

“No mundo físico, se esse cara cometeu um crime, a gente avalia: ‘o que vamos fazer agora?’ Existem ‘trocentas’ possíveis sentenças para essas pessoas, que pode ir desde pagamento de multa até a restrição de liberdade”, argumentou.

Por fim, Felipe Neto usou o caso do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, como exemplo de pessoas que não poderiam ter direito ao uso das redes sociais. Em um caso emblemático, ele relacionou a parada cardíaca de um jogador dinamarquês, Christian Eriksen, ao uso da vacina, sendo que o jogador sequer foi imunizado, sendo considerado um “antivax”.

“Eu acho que o banimento eterno para se comunicar de maneira digital tem que ser o extremo do extremo. Agora existem os extremos do extremo dos extremos. Me desculpa, mas o Allan dos Santos não tem condição de frequentar a internet”, explicou.

Veja a entrevista de Felipe Neto completa:


Fonte: DCM

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