Dallagnol diz ter sido injustiçado no processo de cassação de seu mandato e se alia ao bilionário de extrema direita que vem fazendo ataques à soberania brasileira
Ex-coordenador da
Lava Jato e deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Novo) agora pede ajuda
ao bilionário de extrema direita Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), para
fazer pressão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal
Federal (STF) - e principalmente sobre o ministro das duas Cortes Alexandre de
Moraes.
Em um "textão", Dallagnol se apresenta como
"promotor-chefe no caso Lava Jato, que levou Lula à prisão", em um
processo fraudulento e que tinha como objetivo principal um projeto de poder e
de enriquecimento ilícito por parte dos procuradores. A prisão injusta do
presidente Lula (PT) já foi classificada como "um dos maiores erros
judiciários da história do país" pelo ministro do STF Dias Toffoli, sendo
fruto de uma "armação". Ainda nas palavras do ministro, tal "armação"
foi "o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às
instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as
instituições e ao próprio STF. Ovo esse chocado por autoridades que fizeram
desvio de função, agindo em conluio para atingir instituições, autoridades,
empresas e alvos específicos. (...) Sob objetivos aparentemente corretos e
necessários, mas sem respeito à verdade factual, esses agentes desrespeitaram o
devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram
provas, agiram com parcialidade e fora de sua esfera de competência. Enfim, em
última análise, não distinguiram, propositadamente, inocentes de criminosos.
Valeram-se, como já disse em julgamento da Segunda Turma, de uma verdadeira
tortura psicológica, um pau de arara do século XXI, para obter 'provas' contra
inocentes”.
É justamente nos "ataques às
instituições", citados por Toffoli, que reside o ponto central do recado
de Dallagnol a Musk. Ao longo do texto, ele pede que o bilionário, que vem
fazendo acusações graves contra o governo Lula (PT) e contra o Judiciário
brasileiro, dê repercussão à cassação de seu mandato, relatada por ele como
injusta e baseada em uma suposta perseguição, como forma de pressionar ainda
mais o STF e o sistema de Justiça.
Fonte: Brasil 247
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