Além da juíza Gabriela Hardt, também foram afastados de suas funções os desembargadores Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior e Loraci Flores de Lima, do TRF-4
A deputada federal e
presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), celebrou pelo BlueSky a decisão do
corregedor nacional de Justiça Luís Felipe Salomão de nesta segunda-feira (15)
afastar de suas funções a juíza Gabriela Hardt e os desembargadores Thompson Flores,
Danilo Pereira Júnior e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF-4). A decisão se deu por burla à ordem processual, violações do
código da magistratura, prevaricação e burla a decisões do Supremo Tribunal
Federal (STF) durante a Lava Jato.
Gleisi destacou que a "turma" que agora é
responsabilizada foi responsável por armar "um processo fraudulento contra
o presidente Lula", fazendo uso de um "discurso mentiroso de combate
à corrupção". "O tempo vem mostrando que estávamos cobertos de razão.
Hoje o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou da função pública a juíza
Gabriela Hardt, amiga do Sergio Moro, que sucedeu ele na 13ª vara federal de
Curitiba, e mais três procuradores do TRF-4. Ela e Deltan Dallagnol planejavam
criar uma fundação privada para colocar as mãos em dinheiro público da
Petrobras, empresa que eles tentaram destruir, mas foram descobertos. A decisão
aponta ainda para prevaricação, burla à ordem processual, violação do código da
magistratura e até mesmo desobediência a decisões do Supremo Tribunal Federal.
Essa é a turma que armou um processo fraudulento contra o presidente Lula para
se promoverem. Tentaram emplacar aquele discurso mentiroso de combate à
corrupção, ficaram falando isso o tempo inteiro, e agora estão todos caindo por
serem corruptos", publicou.
Hardt foi juíza substituta da 13ª Vara da Justiça Federal em
Curitiba, onde tramitavam parte dos processos da Operação Lava Jato. No final
de 2018, ela assumiu temporariamente a 13ª Vara, após o então juiz parcial
Sergio Moro deixar a magistratura para se tornar ministro da Justiça do governo
Jair Bolsonaro (PL).
Ela, de acordo com a corregedoria do CNJ, endossou a
criação da fundação da Lava Jato, financiada pela Petrobras, com base em
"informações incompletas e informais, fornecidas até mesmo fora dos
autos" pelos procuradores de Curitiba. A operação, atualmente sob
escrutínio, é comparada a um esquema de "cashback". Salomão afirma
ainda que a Lava Jato "descambou para a ilegalidade".
Já os desembargadores foram alvo da corregedoria por desobedecerem decisões do STF. O ministro do Supremo Dias Toffoli solicitou à Corregedoria a análise da desobediência às decisões da corte, sendo ele mesmo o autor das ordens desrespeitadas. Os desembargadores sob investigação pelo CNJ chegaram a ordenar a prisão de investigados cujos processos já haviam sido suspensos na primeira instância pelo Supremo, devido a suspeitas de irregularidades na condução das investigações.
Fonte: Brasil 247
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