sexta-feira, 19 de abril de 2024

'Especulações medíocres' de Campos Neto provocam 'histeria' no mercado em relação aos juros, critica Gleisi


Nos últimos dias, por causa também de avaliações do presidente do Banco Central, o mercado passou a projetar a taxa de juros no Brasil mantida em dois dígitos até o fim do ano

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

 

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), criticou mais uma vez o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e citou suas 'especulações medíocres' sobre a economia brasileira, que levaram a uma 'histeria' do mercado financeiro.

Campos Neto, aponta Gleisi, por dizer não enxergar a possibilidade de o Banco Central seguir com o ciclo de redução de juros, levou o mercado a passar a projetar uma manutenção da taxa Selic mantida em dois dígitos até o fim do ano. "Como é que pode um país do tamanho do Brasil ficar sujeito a especuladores medíocres como o presidente bolsonarista do BC? Campos Neto conseguiu tirar do horizonte a trajetória de redução dos juros, dizendo exatamente que não consegue enxergar o horizonte. Seus comentários indevidos e irresponsáveis sobre política fiscal alimentaram uma histeria especulativa sem fundamento que só vai prejudicar a administração das contas públicas. Foi para isso que deram autonomia ao BC?", questionou Gleisi pelo BlueSky.

Nesta quarta-feira (17), Campos Neto afirmou que o cenário econômico, brasileiro e mundial, mudou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e que tais mudanças podem afetar o ritmo ou até mesmo paralisar a queda da taxa de juros no Brasil. “As expectativas de inflação são muito relevantes para nós. Não há dúvida de que é muito importante manter as expectativas de inflação ancoradas. Sabemos que teremos um trabalho difícil a frente. Vamos fazer o que for necessário para ancorar as expectativas de inflação”, disse.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a aposta entre analistas é de que haverá um corte menor no juro básico na próxima reunião do Copom, em 8 de maio. "O corte de 0,25 ponto percentual na taxa, de 10,75% ao ano para 10,50%, que antes sequer era cogitado, já virou a aposta de alguns bancos e casas de análise. Outros mantêm a expectativa de redução de 0,50 ponto percentual, para 10,25%, mas reconhecem que o risco de um corte menor aumentou consideravelmente. Se a estimativa mais conservadora se tornar realidade, a possibilidade de a Selic terminar o ciclo de queda ainda em dois dígitos aumenta".

Fonte: Brasil 247

 

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