segunda-feira, 1 de abril de 2024

Em julgamento no Paraná, Ministério Público Eleitoral pede cassação e inelegibilidade de Sérgio Moro

 O julgamento segue em andamento e novas sessões estão programadas para análise detalhada do caso

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu início ao julgamento de duas ações contra o senador Sérgio Moro (União-PR) nesta segunda-feira (1º), com o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestando pela cassação do mandato e pela inelegibilidade do político por oito anos. As ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) alegam abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e caixa dois durante a campanha eleitoral de 2022.

A sessão, iniciada nesta segunda-feira, marcou o primeiro passo desse processo, com o presidente do tribunal, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, abrindo os trabalhos. Durante as sustentações orais, o advogado do Partido Liberal (PL), Bruno Cristaldi, um dos autores das Aijes, argumentou a existência de indícios de caixa dois na campanha de Moro.

Em seguida, foi a vez do advogado do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Peccinin, também autor das ações contra Moro, sustentar suas acusações, destacando que o político iniciou sua campanha oito meses antes do permitido, afetando a igualdade de condições entre os candidatos.

Por sua vez, o advogado de Moro, Gustavo Guedes, rebateu as acusações, descrevendo as Aijes como uma “esquizofrenia absoluta”. Guedes questionou as divergências nos valores mencionados pelos autores das ações e defendeu que Moro não cometeu os atos descritos nas acusações. As cifras citadas na acusação oscilam entre R$ 5,5 milhões de R$ 8 milhões.

Ao fim das sustentações orais, o procurador regional eleitoral, Marcelo Godoy, votou pelo reconhecimento parcial dos pedidos dos partidos, considerando abuso de poder econômico, o que implicaria na cassação da chapa e na inelegibilidade de Moro por oito anos. Godoy ressaltou que, apesar de não ter encontrado provas de corrupção ou uso indevido dos meios de comunicação, a aplicação irrestrita de recursos poderia ter distorcido o pleito.

O julgamento segue em andamento e novas sessões estão programadas para análise detalhada do caso.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

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