Dono da rede social X, Elon Musk afirmou que o Judiciário está querendo legislar e que "os representantes eleitos do povo do Brasil é que deveriam estar no comando"
O bilionário Elon
Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), voltou a intervir em questões
internas do Brasil e a fazer novas acusações contra o Supremo Tribunal Federal
(STF) nesta quarta-feira(10), quando participou de uma live com o deputado
federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) e com o blogueiro de extrema
direita Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira desde outubro de 2021
e que atualmente vive nos Estados Unidos.
Na live, Musk afirmou que tem "algumas preocupações
sérias" em relação à operação do X no Brasil e que, em sua visão, “os
representantes eleitos do povo do Brasil é que deveriam estar no comando. O
Judiciário está lá para executar a lei, mas não para fazer lei. Mas eles estão
fazendo leis. E eu acho que é um ultraje. As pessoas deveriam estar
extremamente preocupadas. Isso tem de parar”.
Ainda segundo ele, os funcionários do X no Brasil teriam sido
alvos de ameaças de prisão e que a empresa tem atuado para que eles não sejam
prejudicados. “Nós não queremos colocá-los em perigo. Estamos tentando
colocá-los em segurança antes de fazer qualquer coisa”, disse.
As declarações de Musk, que tem Jair Bolsonaro (PL) entre
seus aliados, foram feitas na esteira do embate travado por ele junto ao
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Recentemente,
ele ameaçou descumprir decisões do Judiciário brasileiro sobre o bloqueio
de contas disseminadoras de fake news na plataforma e atacou diretamente o
ministro Alexandre de Moraes. Ele também pediu a renúncia do magistrado ou que
ele fosse alvo de um processo de impeachment.
No domingo (7), após uma série Musk
promover uma série de ataques à democracia e ao poder Judiciário, Moraes
determinou a inclusão do bilionário entre os investigados do chamado Inquérito
das Milícias Digitais (4.874), que apura a atuação criminosa de grupos
suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais para influenciar o
processo político barsileiro. O ministro também determinou que os funcionários
do X no Brasil sejam ouvidos pela Polícia Federal.
Fonte: Brasil 247
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