segunda-feira, 22 de abril de 2024

Elon Musk comenta ato de Bolsonaro no Rio e volta a criticar Moraes

 Bilionário comparou ministro do STF ao vilão da saga Harry Potter, mas não prestou apoio direto ao ex-presidente

Elon Musk voltou a fazer críticas a Alexandre de Moraes. O dono do X, antigo Twitter, usou a rede social para comentar o ato bolsonarista que ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (21/4), e aproveitou para alfinetar o ministro.


Em seu perfil oficial, o bilionário retuitou a fala de uma outra pessoa. No tuíte, o usuário @alx reproduziu uma postagem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) com a foto de uma faixa que mostrava Musk e Jair Bolsonaro acompanhados da frase: “O povo brasileiro agradece! Elon Musk”.


“Onde estão as multidões torcendo pelo pequeno tirano @Alexandre de Voldemort e a censura no Brasil? Não há nenhum”, comentou o usuário da rede social com uma referência ao vilão da saga Harry Potter.


O dono da plataforma aproveitou então para reforçar a fala e deixar claro o que pensa sobre o assunto. De acordo com ele, não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo e, portanto, da democracia”.


Apesar das críticas a Moraes, o bilionário não prestou apoio direto a Bolsonaro. Em resposta a outro post, do perfil @MarioNawfall, Musk se pronunciou dizendo não apoiar nenhum político específico: “Para ser claro, X está apenas tentando seguir as leis do Brasil sem favorecer ou desfavorecer qualquer candidato político”.

Imagem colorida de manifestação de Elon Musk sobre manifestação de Bolsonaro em copacabana


Multa


A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido na Justiça contra Elon Musk. O órgão pede que o X, antigo Twitter, pague R$ 1 bilhão de indenização por dano moral coletivo e danos sociais causados ao Brasil.


A DPU argumenta que ele teria cometido graves violações ao incitar o descumprimento de decisões judiciais. Isso porque, de acordo com o órgão, o bilionário tem feito diversas declarações que “representam uma afronta grave, não apenas ofendendo o país e o Estado Democrático de Direito estabelecido, mas também tentando desacreditar as instituições democráticas brasileiras”.


Manifestação


Diante de uma plateia com milhares de apoiadores em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PL) disse que é inocente, que não atacou o sistema eleitoral, que quer o direito de disputar eleições e defendeu Elon Musk, dono da rede X (antigo Twitter).


O ex-presidente discursou junto a aliados, neste domingo (21/4), em ato convocado por ele e organizado pelo presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia.


Sob o mote de defender a democracia, Bolsonaro criticou as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) e enalteceu Elon Musk com os argumentos de defesa à liberdade de expressão.


“Peço uma salva de palmas para Elon Musk, dono de uma plataforma cujo objetivo é fazer com que o mundo todo seja livre”, disse Bolsonaro. Musk ameaçou não cumprir decisões judiciais do Brasil em ataques frequentes a Moraes.


O ex-presidente ainda questionou sua inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por reunião com embaixadores na qual Bolsonaro questiona o sistema eleitoral brasileiro.


O TSE entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. “Eu não me reuni com traficantes do morro do Alemão, me reuni com embaixadores e me tornaram inelegível”, disse.


Antes mesmo de Bolsonaro subir ao trio, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, falou com os que estavam on local à espera do ex-presidente. “Vocês fizeram do PL o maior partido do Brasil. Deus, pátria, família e liberdade”.


Ao participar da manifestação sem encontrar com Bolsonaro, Valdemar respeita decisão de Alexandre de Moraes, que proíbe o contato entre investigados por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula.


Os filhos de Bolsonaro Carlos e Flávio estavam no trio e, após a saída do presidente do PL, Bolsonaro entrou no carro de som. A esposa dele e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, ficou ao lado da vice-governadora do DF, Celina Leão e, em seguida, cantou o Hino Nacional com o marido.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

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