sexta-feira, 19 de abril de 2024

Diante de crise com o Congresso, Lula pode se reunir com Lira, Pacheco e líderes da Câmara e do Senado

 

Cresce dentro do governo a percepção de que Lula precisará entrar pessoalmente nas negociações relativas a pautas de interesse do Palácio do Planalto

Pacheco, Lula e Lira no dia da posse do presidente da República
Pacheco, Lula e Lira no dia da posse do presidente da República (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

Diante de um cenário de conflito aberto entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), aliados e auxiliares diretos do presidente Lula (PT) expressaram crescentes preocupações quanto aos desdobramentos na articulação política do governo. O embate em curso levanta o temor de que o Palácio do Planalto enfrente novas derrotas no Congresso Nacional.

Analistas próximos ao presidente Lula observam que a crise atingiu um ponto crítico no qual se torna imperativo que ele próprio intervenha, negociando pessoalmente as pautas de interesse do governo, relata o jornal O Globo. A possibilidade de uma reunião entre o presidente e líderes da Câmara e do Senado já está em discussão como uma medida para mitigar os impasses.

A análise de dentro do governo é de que o modelo atual, no qual o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), negocia com Arthur Lira enquanto Padilha trata com os líderes partidários, tem se mostrado ineficaz. A percepção é que essa abordagem demanda agilidade e dedicação para lidar com os temas em tramitação na Câmara. Críticos argumentam que a articulação política exige uma linha única de atuação e que as negociações separadas com Lira e com os líderes partidários podem causar ruídos, especialmente nas votações cotidianas, incluindo projetos em fase de comissões.

Diante desse contexto, aliados do governo enfatizam a necessidade de Lula retomar as negociações com Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes das duas casas legislativas, visando alinhar estratégias e agendas. O presidente já havia adotado essa abordagem em fevereiro e início de março, quando atuou diretamente para fortalecer a relação do governo com o Congresso no início do ano legislativo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

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