Cresce dentro do governo a percepção de que Lula precisará entrar pessoalmente nas negociações relativas a pautas de interesse do Palácio do Planalto
Diante de um cenário
de conflito aberto entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o
ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), aliados e
auxiliares diretos do presidente Lula (PT) expressaram crescentes preocupações
quanto aos desdobramentos na articulação política do governo. O embate em curso
levanta o temor de que o Palácio do Planalto enfrente novas derrotas no
Congresso Nacional.
Analistas próximos ao presidente Lula observam que a crise
atingiu um ponto crítico no qual se torna imperativo que ele próprio
intervenha, negociando pessoalmente as pautas de interesse do governo, relata o
jornal O Globo. A possibilidade de uma reunião
entre o presidente e líderes da Câmara e do Senado já está em discussão como
uma medida para mitigar os impasses.
A análise de dentro do governo é de que o modelo atual, no qual
o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), negocia com Arthur Lira enquanto
Padilha trata com os líderes partidários, tem se mostrado ineficaz. A percepção
é que essa abordagem demanda agilidade e dedicação para lidar com os temas em
tramitação na Câmara. Críticos argumentam que a articulação política exige uma
linha única de atuação e que as negociações separadas com Lira e com os líderes
partidários podem causar ruídos, especialmente nas votações cotidianas,
incluindo projetos em fase de comissões.
Diante desse contexto, aliados do governo enfatizam a
necessidade de Lula retomar as negociações com Lira, o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes das duas casas legislativas, visando
alinhar estratégias e agendas. O presidente já havia adotado essa abordagem em
fevereiro e início de março, quando atuou diretamente para fortalecer a relação
do governo com o Congresso no início do ano legislativo.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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