Israel buscará apoio para designar a Guarda Revolucionária Iraniana, o principal pilar do regime em Teerã, como uma entidade terrorista
A comunidade internacional foi convocada a uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas neste domingo (14) em Nova York, para tratar do ataque do Irã contra Israel nesse sábado (13). A convocação foi feita após um pedido de Israel, apoiado pelos Estados Unidos e outros membros do órgão, informa Jamil Chade, no UOL.
Os drones lançados pelo Irã nesse sábado (13) em direção a Israel atingiram Jerusalém no início da madrugada, por volta das 20h no horário de Brasília. O sistema de defesa aéreo israelense foi acionado, e relatos locais indicam que os armamentos foram interceptados com sucesso.
O Conselho de Segurança, já duramente abalado em sua credibilidade devido à incapacidade de conter a guerra em Gaza, enfrenta agora um desafio ainda maior diante dos ataques e retaliações entre os dois países.
Durante a reunião, Israel buscará apoio para designar a Guarda Revolucionária Iraniana, o principal pilar do regime em Teerã, como uma entidade terrorista. No entanto, essa proposta enfrenta resistência da Rússia e da China, dificultando sua aprovação.
O governo de Benjamin Netanyahu, que historicamente não cumpriu as resoluções da ONU contra Israel, agora propõe medidas do Conselho contra Teerã. Entretanto, na carta de solicitação para a convocação da reunião, Israel não mencionou os ataques contra o consulado iraniano em Damasco, que resultaram na morte de um dos principais militares do Irã.
Teerã justificou sua retaliação afirmando que foi uma resposta ao bombardeio ocorrido em 1º de abril em sua representação consular na capital da Síria. O Irã declarou que sua resposta estava “concluída”, mas advertiu que tomará medidas ainda mais severas caso Israel ou os EUA optem por reagir.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente a escalada representada pelos ataques e pediu a cessação imediata das hostilidades. Ele expressou profunda preocupação com o perigo de uma escalada devastadora na região e instou todas as partes a exercerem moderação para evitar confrontos militares em larga escala no Oriente Médio. Guterres enfatizou que nem a região nem o mundo podem se permitir outra guerra.
Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL
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