quinta-feira, 11 de abril de 2024

CGU abre processos contra servidores da PF que atuaram na "Abin paralela" durante a gestão de Alexandre Ramagem

 Servidores serão investigados por faltarem ao serviço por mais de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022, período em que estiveram cedidos à Agência Brasileira de Inteligência

(Foto: Iano Andrade/Ag. Brasil)

 A Controladoria-Geral da União (CGU) deu início a processos administrativos disciplinares (PADs) contra três servidores do Departamento de Polícia. Segundo o jornal O Globo, os servidores serão investigados devido à sua ausência ao serviço por mais de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022, período em que estiveram cedidos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante esse tempo, a Abin operou um programa confidencial denominado FirstMile, utilizado para rastrear a localização de alvos previamente selecionados por meio de dispositivos celulares. A revelação desse caso trouxe à tona uma série de investigações, conduzidas pela Polícia Federal, que identificaram o uso da ferramenta para monitorar políticos, jornalistas, advogados e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).

A investigação da PF não apenas envolve policiais federais e servidores da Abin, mas também o ex-diretor da agência à época e hoje deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Eles são alvo de suspeitas de envolvimento na chamada "Abin paralela" e foram alvos de mandados de busca e apreensão em janeiro. Tanto Ramagem quanto Carlos Bolsonaro negam qualquer envolvimento em atividades ilícitas.

A CGU informou que as condutas dos servidores Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira serão minuciosamente analisadas nos PADs, conforme estabelecido pela Lei nº 8.112/1990. O prazo para a conclusão das investigações é de 60 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período.

Adicionalmente, os servidores em questão estão atualmente suspensos de exercerem suas funções públicas, por decisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação foi proferida em 25 de janeiro e está relacionada à investigação sobre a "Abin paralela".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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