Juiz do caso afirmou que "não há indícios suficientes de que a liberdade momentânea do réu pudesse representar motivo de desordem pública"
O Tribunal de Justiça do Ceará
negou o pedido de prisão preventiva para Israel Leal Bandeira Neto, empresário
acusado de assediar sexualmente uma nutricionista em um elevador de um prédio
comercial, informa o portal Uol. Em vez disso, o
réu será monitorado por tornozeleira eletrônica e terá de seguir diversas
medidas cautelares impostas pela justiça.
Israel enfrentará restrições por seis meses, incluindo a
proibição de frequentar bares, restaurantes, festas, shoppings, academias,
shows ou eventos com aglomeração. O empresário também deverá cumprir toque de
recolher das 20h às 6h, não poderá mudar de endereço nem se ausentar da comarca
de Fortaleza sem autorização judicial, deverá apresentar relatórios mensais de
suas atividades e realizar orientação psicossocial.
O caso ganhou notoriedade após a divulgação de imagens de
segurança que mostram o momento em que o empresário toca inapropriadamente as
nádegas da vítima, identificada apenas como Larissa, quando ela deixava o
elevador. O incidente ocorreu no mês passado e as imagens rapidamente se
espalharam pelas redes sociais.
Em defesa de seu cliente, o advogado Raphael Bandeira
compartilhou um trecho da decisão do juiz, alegando que "não há indícios
suficientes de que a liberdade momentânea de Israel pudesse representar motivo
de desordem pública". Por outro lado, a defesa da vítima expressou
indignação com a decisão. Segundo os advogados David Isidoro e Raphael
Bandeira, os motivos para a prisão preventiva seriam claros, dado o risco à
ordem pública pela reiteração desse tipo de comportamento.
“A prática reiterada deste tipo de comportamento pelo réu coloca
em risco a garantia da ordem pública”, enfatizaram os advogados da vítima. Eles
também criticaram a mensagem que tal decisão envia à sociedade, indicando uma
tolerância do Poder Judiciário para com esse tipo de ato, o que poderia
incentivar comportamentos similares.
Larissa, em entrevista à TV Verdes Mares, descreveu o
choque ao ser assediada. “Eu não acreditei naquela situação, eu estava num
prédio comercial, terminando meu expediente, indo embora, em um prédio cheio de
câmeras, e aconteceu isso”, contou ela.
Após a repercussão negativa do caso,
Israel usou sua conta no Instagram para afirmar que sofre de "problemas
psiquiátricos", os quais teriam influenciado seu comportamento no dia do
incidente.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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