terça-feira, 16 de abril de 2024

CE: Tribunal rejeita prisão preventiva de empresário que assediou nutricionista em elevador

 

Juiz do caso afirmou que "não há indícios suficientes de que a liberdade momentânea do réu pudesse representar motivo de desordem pública"

Assédio em elevador de Fortaleza
Assédio em elevador de Fortaleza


O Tribunal de Justiça do Ceará negou o pedido de prisão preventiva para Israel Leal Bandeira Neto, empresário acusado de assediar sexualmente uma nutricionista em um elevador de um prédio comercial, informa o portal Uol. Em vez disso, o réu será monitorado por tornozeleira eletrônica e terá de seguir diversas medidas cautelares impostas pela justiça.

Israel enfrentará restrições por seis meses, incluindo a proibição de frequentar bares, restaurantes, festas, shoppings, academias, shows ou eventos com aglomeração. O empresário também deverá cumprir toque de recolher das 20h às 6h, não poderá mudar de endereço nem se ausentar da comarca de Fortaleza sem autorização judicial, deverá apresentar relatórios mensais de suas atividades e realizar orientação psicossocial.

O caso ganhou notoriedade após a divulgação de imagens de segurança que mostram o momento em que o empresário toca inapropriadamente as nádegas da vítima, identificada apenas como Larissa, quando ela deixava o elevador. O incidente ocorreu no mês passado e as imagens rapidamente se espalharam pelas redes sociais.

Em defesa de seu cliente, o advogado Raphael Bandeira compartilhou um trecho da decisão do juiz, alegando que "não há indícios suficientes de que a liberdade momentânea de Israel pudesse representar motivo de desordem pública". Por outro lado, a defesa da vítima expressou indignação com a decisão. Segundo os advogados David Isidoro e Raphael Bandeira, os motivos para a prisão preventiva seriam claros, dado o risco à ordem pública pela reiteração desse tipo de comportamento.

“A prática reiterada deste tipo de comportamento pelo réu coloca em risco a garantia da ordem pública”, enfatizaram os advogados da vítima. Eles também criticaram a mensagem que tal decisão envia à sociedade, indicando uma tolerância do Poder Judiciário para com esse tipo de ato, o que poderia incentivar comportamentos similares.

Larissa, em entrevista à TV Verdes Mares, descreveu o choque ao ser assediada. “Eu não acreditei naquela situação, eu estava num prédio comercial, terminando meu expediente, indo embora, em um prédio cheio de câmeras, e aconteceu isso”, contou ela.

Após a repercussão negativa do caso, Israel usou sua conta no Instagram para afirmar que sofre de "problemas psiquiátricos", os quais teriam influenciado seu comportamento no dia do incidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

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