quarta-feira, 24 de abril de 2024

Caso Marielle: mandantes seguem em presídios federais e optam por isolamento


Chiquinho Brazão é conduzido por agentes policiais. (Foto: Cristiano Mariz)

 Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, um mês após serem presos por suposta participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, permanecem em penitenciárias federais e optam por isolamento nas celas. A decisão de permanecer isolados se dá enquanto aguardam diligências da Polícia Federal (PF) e uma posição da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a investigação que levou à prisão deles.

Os irmãos Brazão e Barbosa foram presos após a emissão de mandados de prisão preventiva em 24 de abril. Segundo as investigações da PF, Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho, deputado federal, são suspeitos de serem os mandantes do homicídio da parlamentar, enquanto Rivaldo, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, teria agido para protegê-los. Após a prisão, Domingos foi levado para Porto Velho (RO), Chiquinho para Campo Grande (MS), e Barbosa permaneceu no presídio federal de Brasília.

Os três estão alojados em celas individuais de seis metros quadrados. Embora tenham direito a duas horas diárias de banho de sol coletivo, optaram por permanecer em isolamento. Eles já tiveram encontros com seus advogados e começaram a receber visitas de familiares, que passaram pelos procedimentos burocráticos necessários para autorização. Cada cela dispõe de cama, sanitário, pia, chuveiro e mesa, com energia elétrica para chuveiros e lâmpadas ativadas em horários determinados.

A prisão dos suspeitos desencadeou uma série de ordens judiciais para coleta de depoimentos e análise de material apreendido. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou à PF que colhesse depoimentos dos investigados e outras pessoas que tiveram interação com eles em relação aos crimes em apuração. A PGR aguarda um relatório parcial da PF sobre as investigações para emitir uma manifestação e possível denúncia ao STF.

Fonte: DCM

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