sexta-feira, 19 de abril de 2024

Bolsa Família segura desigualdade no menor nível da série histórica e reduz disparidade no Norte e Nordeste

 

Desigualdade é menor onde o Bolsa Família tem maior abrangência, mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

(Foto: MDS)

 

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a desigualdade de renda no Brasil atingiu novamente seu menor nível desde que a série histórica teve início, em 2012. De acordo com o índice de Gini, o indicador que reflete a concentração de renda, o valor registrado em 2023 foi de 0,518. Segundo a Folha de S. Paulo, o Gini varia de zero, representando igualdade máxima, a um, indicando desigualdade máxima. Quanto menor o resultado, menor a disparidade entre os extremos da população. Essa melhoria significativa na distribuição de renda foi observada especialmente em regiões onde os programas sociais, como o Bolsa Família, têm maior abrangência.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), relata o g1, as regiões do Nordeste e Norte foram as que apresentaram as quedas mais expressivas na desigualdade social em 2023. No Nordeste, por exemplo, a razão entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres diminuiu de 18,8 em 2019 para 13,7 em 2023.

Essa redução na disparidade de renda está diretamente relacionada ao aumento da cobertura dos programas sociais. No Nordeste, a quantidade de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu de 29% em 2019 para 35,5% em 2023. Um padrão semelhante foi observado na região Norte, onde a razão entre os rendimentos dos mais ricos e dos mais pobres caiu de 16,2 em 2019 para 12,8 em 2023, acompanhada por um aumento na porcentagem de domicílios beneficiários do programa. A região Sul também teve uma queda na diferença de rendimento, mas menos intensa: caiu de 10,6 vezes em 2019 para 9,9 em 2023.

No entanto, as regiões Sudeste e Centro-Oeste mostraram uma tendência oposta, com um aumento na disparidade de renda entre os extremos da população. Essa mudança foi acompanhada por um crescimento menos expressivo no número de domicílios que recebiam o Bolsa Família.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

 

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