Além de questões de segurança, já que Israel passou a atacar politicamente o Brasil, parlamentares afirmam que os contratos estão 'financiando o massacre' de palestinos em Gaza
Na Câmara dos
Deputados, a base aliada ao presidente Lula (PT) cobra o fim de contratos
bilionários do governo com empresas israelenses, relata Paulo Cappelli, do Metrópoles. O movimento, encabeçado por
parlamentares do PT, PDT, Psol e PCdoB, mira os repasses provenientes do
Ministério da Defesa para atender as demandas do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica. Os governistas alegam que o dinheiro usado para abastecer as Forças
Armadas está 'financiando o massacre' de palestinos na Faixa de Gaza. Além
disso, há questionamentos sobre a segurança de importar material bélico de
Israel em meio aos ataques do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, ao presidente Lula.
O vice-presidente nacional do PT, o deputado federal
Washington Quaquá, informou que vai procurar o Ministério das Relações
Exteriores para discutir o fim dos repasses. “Israel não tem uma aliança
estratégica com o Brasil. É preferível fazer acordos com Itália e França, que
são muito próximas do Brasil do ponto de vista militar. A França já faz
submarinos conosco. No mercado, tem China, Rússia e, mesmo, os Estados Unidos.
Não vejo por que o Brasil deva manter contratos com Israel, que não tem
relevância geopolítica para nós. Pelo contrário, só nos traz problemas. E,
hoje, é um país genocida”.
Jandira Feghali (PCdoB) também disse que irá
procurar o Itamaraty. “Precisamos descobrir quais dos contratos é possível
cortar, tanto na questão do fornecimento [se há serviços que apenas Israel pode
oferecer] quanto se é possível do ponto de vista administrativo”,
explicou.“Nosso Ministério da Defesa tem que estudar alternativas com urgência
para não depender de Israel, haja vista que o próprio governo brasileiro criou
atritos com o governo israelense. Importar recursos bélicos de Israel, em meio
a uma escalada de tensão, gera insegurança. Podemos confiar 100% nesses
produtos que estamos recebendo?”, indagou Max Lemos (PDT).
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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