sábado, 6 de abril de 2024

Após defesa abandonar plenário, juiz nomeia advogado para bolsonarista que matou petista em festa de aniversário em Foz

 

Advogados do ex-policial Penal Jorge Guaranho, deixa o plenário do Júri, em Foz do Iguaçu. (Reprodução vídeo TJPR)


A decisão é do juiz Hugo Michelini e foi tomada após o julgamento do ex-agente penal Jorge Guaranho, réu pelo homicídio duplamente qualificado do ex-guarda municipal Marcelo Arruda, foi adiado pela segunda vez. O a adiamento ocorreu porque os advogados de defesa de Guaranho deixaram o plenário no último dia 4 de abril, em Foz do Iguaçu, alegando não terem enfrentado dificuldade para ter contato presencial e com antecedência do réu.

O julgamento foi então remarcado para o dia 2 de maio. Ficou ainda determinado que o réu, que estava preso na Penitenciária Central de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, deverá ficar em um presídio de Foz do Iguaçu. Na penitenciária de Foz do Iguaçu, conforme documento juntado ao processo, Guaranho deverá receber os medicamentos que usa para dor e para dormir.


A nomeação de um advogado para atuar na defesa do ex-agente penal no dia do júri ocorreu após a remarcação da data do julgamento. Isso é para o caso de os advogados contratados pelo réu abandonem novamente o plenário.

O advogado da assistência de acusação, Daniel Godoy Junior, afirma que a defesa usou de uma estratégia para adiar o julgamento e tentar a liberdade provisória. “Fizeram uma ‘petição entrevero’, juntando uma série de situações. O juiz indeferiu e eles informaram que iam se retirar. Mas, a defesa comete o ato falho de, após juntar uma série de pedidos, pedir a liberdade provisória. Então, na verdade, eles não queriam julgar o processo. O objetivo era claramente a liberdade provisória do réu”, analisa.


O caso


O guarda municipal e ex-tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi assassinado na própria festa de aniversário, em 2022. A vítima comemorava 50 anos com a família e amigos, quando teve a festa invadida pelo réu, Jorge Guaranho, e foi morto a tiros no local da confraternização.


A comemoração do aniversário de 50 anos ocorria em uma área reservada da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A. De acordo com a denúncia do MP-PR, o réu – desconhecido da vítima e familiares – se aproximou da porta do salão de festas de carro, com o som do veículo em alto volume, reproduzindo uma música de campanha do então candidato Jair Bolsonaro.

Fonte: Bem Paraná por Ana Paula Ehlert e assessoria

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