O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estaria disposto a superar a recente turbulência com o governo, enfatizando o interesse em não deixar que a agenda econômica seja afetada pelos atritos públicos. Após os ataques dirigidos ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lira demonstrou uma postura mais conciliatória, segundo informações obtidas pelo Uol.
Na quinta-feira (11), o parlamentar fez declarações ofensivas a Padilha, chamando-o de “desafeto pessoal” e “incompetente”. A polêmica surgiu em meio a possíveis interferências do governo na análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão, expulso do União Brasil após ser apontado como mandante da morte de Marielle Franco em 2018.
O presidente do Congresso participou do almoço de 20 anos da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), em Salvador, Bahia, na sexta-feira (12) sem comentar as polêmicas e evitando a imprensa. Ele estava acompanhado do líder do União Brasil, Elmar Nascimento, um dos possíveis sucessores de Lira na Câmara em 2025.
A defesa pública feita pelo presidente Lula em favor de Padilha trouxe novos elementos à discussão. Lula declarou que Padilha é o mais bem preparado para lidar com as adversidades do Congresso Nacional e indicou sua permanência no ministério, mesmo enfrentando dificuldades.
A tensão entre Lira e Padilha não é recente e remonta a questões relacionadas à articulação política e liberação de emendas parlamentares. No entanto, Lira reiterou aos aliados sua disposição em manter a pauta econômica fora dos embates políticos, enfatizando seu compromisso com os interesses do país.
Enquanto o embate entre Lira e Padilha pode ter gerado desconforto entre os parlamentares, não deve afetar a votação de importantes projetos econômicos na Câmara nos próximos dias. Entre os projetos em pauta estão a reforma tributária, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), a desoneração dos municípios e a reoneração de setores da economia.
Alexandre padilha foi chamado de incompetente – Agência Brasil
O presidente da Câmara reiterou a importância de manter a agenda econômica como uma das prioridades de sua gestão, buscando estabilidade e progresso para o país. Apesar das tensões, Lira enfatizou a necessidade de análises imparciais e uma postura equilibrada diante dos desafios enfrentados.
Após a votação que manteve a prisão de Brazão, Lira e Padilha estiveram juntos em uma festa de aniversário, mas evitaram interações. A situação gerou comentários e tensões adicionais, com Padilha expressando descontentamento em relação a Lira.
Lira negou qualquer interferência e destacou a importância de uma abordagem imparcial. No entanto, foi alvo de cobranças de líderes partidários por uma análise mais equânime da situação e uma defesa mais enérgica das prerrogativas do Congresso.
A relação estremecida entre Lira e Padilha, apesar de representar um desafio, não deve interromper os trabalhos legislativos. Lira enfatizou que não deseja acirrar os ânimos e optou por uma abordagem que visa preservar a estabilidade institucional.
Em uma mensagem indireta ao STF, Lira destacou sua preocupação com a independência dos poderes e reiterou a importância do diálogo construtivo entre o Legislativo e o Judiciário.
Fonte: DCM com informações do UOL
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