Em 2015, o brasileiro Renato Leite publicou artigo em que defendia que 'produtos e serviços providos por empresas estrangeiras devem respeitar a legislação brasileira
O brasileiro Renato
Leite, atual diretor global de privacidade do X (antigo Twitter), adotou
posições no passado que contrastam com a postura do dono da plataforma, Elon
Musk, que recentemente agrediu a soberania nacional brasileira e ameaçou
descumprir decisões judiciais proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um artigo publicado na revista Conjur em 2010, segundo
Lauro Jardim, do jornal O Globo, Leite abordou os impactos da
minirreforma eleitoral na internet, enfatizando a importância de agir dentro do
direito da liberdade de expressão sem violar o ordenamento jurídico ou os
direitos de terceiros. "Pode-se agir dentro do direito da liberdade de
expressão, bem como absorver todas as informações produzidas por outros
internautas. Mas, as garantias de liberdade não podem esbarrar em nenhum
ordenamento jurídico ou colidir com direitos de terceiros". Ele destacou a
necessidade de respeitar as leis mesmo em um ambiente virtual, citando
"milhares de decisões no Brasil demonstrando que, de fato, a Internet não
é mundo sem Leis no Brasil e isso não poderia ser diferente no processo
democrático eleitoral".
Já em 2015, em um artigo intitulado
"Quando é preciso regular?", publicado no "Jota", Leite e
Rony Vainzof discutiram os desafios da legislação diante da rápida evolução
tecnológica. Eles enfatizaram a importância de garantir que as empresas
estrangeiras que fornecem produtos e serviços inovadores cumpram a legislação
brasileira. "Importante ponderar que direitos sempre vêm com deveres, e
tais produtos e serviços inovadores, invariavelmente providos por empresas
estrangeiras, devem respeitar a legislação brasileira, garantido aos seus
usuários segurança, privacidade, respeito aos direitos humanos, ao código de
defesa do consumidor e ao ordenamento jurídico tributário, dentro de um
ambiente de concorrência livre, leal e proporcional".
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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