segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ala do TSE pode já ter maioria para cassar o mandato do bolsonarista Jorge Seif

 

Senador é acusado de cometer abuso de poder econômico em sua campanha de 2022

Jorge Seif
Jorge Seif (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

 

Na terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará o julgamento da ação que acusa o senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC) de cometer abuso de poder econômico durante sua campanha eleitoral de 2022. A ala alinhada ao ministro Alexandre de Moraes tem indicado nos bastidores a intenção de votar pela cassação do parlamentar, conforme informações obtidas por Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A ação, movida pela Coligação Bora Trabalhar, acusa Seif de utilizar recursos da varejista Havan, de Luciano Hang, e sua equipe de funcionários para promover sua candidatura, configurando abuso de poder econômico. A frota aérea da empresa teria sido mobilizada em favor da campanha do senador.

Embora tenha sido absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) no ano passado, o cenário no TSE parece mais desafiador para Seif. A ala composta por Moraes, Floriano Azevedo, André Ramos Tavares e a vice-presidente, Cármen Lúcia, forma maioria e detém o controle sobre as votações no plenário, indicando uma possível cassação.

No campo jurídico, a defesa do senador busca diferenciar o caso de outras situações semelhantes, como a cassação do prefeito de Brusque no ano passado, também por abuso de poder econômico relacionado à Havan. Na esfera política, Seif tem mobilizado aliados para evitar sua cassação, buscando apoio entre colegas parlamentares e até mesmo junto aos ministros da corte eleitoral.

Se a maioria dos ministros decidir pela cassação de Seif, novas eleições deverão ser convocadas para seu cargo, com aliados do ex-governador Raimundo Colombo, segundo colocado na disputa, esperando emplacar a tese de sua sucessão. Por sua vez, Seif tem reiterado sua inocência, confiando na Justiça brasileira, e sugeriu que, se cassado, os eleitores catarinenses deverão optar por outro candidato conservador: "vão trocar seis por meia dúzia”.

Fonte: Brasil 247

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