"Não vou ser candidato sem antes
conversar. Vou conversar com o PT, com a direção do partido e, se for o caso,
com o próprio presidente Lula", disse o ex-ministro
O ex-ministro José
Dirceu (PT) confirmou que pretende voltar ao cenário político brasileiro, mas
ressaltou que uma decisão sobre uma eventual candidatura só ocorrerá no
final de 2025. “Isso vai depender muito das circunstâncias em 2025. Apenas por justiça,
eu acho que eu mereço voltar para a Câmara dos Deputados. Sofri uma cassação
política. Fui preso 3 vezes na Lava Jato, e os processos são kafkianos. Espero
que sejam anulados para que eu possa voltar a ter meus direitos políticos”,
disse Dirceu nesta terça-feira (2) em entrevista ao jornalista Jamil Chade,
do UOL. Nesta terça, o ex-ministro esteve no Congresso, pela primeira vez em 19
anos, para participar de uma sessão solene em defesa da democracia no
Brasil.
Segundo Dirceu, em um primeiro momento, é preciso se
“concentrar em 2024. Fazer o Brasil crescer e disputar as eleições
(municipais), com os melhores resultados possíveis para o PT, para seus aliados
e para o governo Lula. Em 2025, o PT tem seu congresso, que vai mudar sua
direção, vai fazer um balanço dos últimos anos. Depois, no segundo semestre de
2025, eu vou avaliar se sou candidato. Participar da vida política do país eu
sempre participei. E, até lá, eu preciso ainda conseguir a anulação ou absolvição
dos processos políticos e sumários que fui submetido”.
Na entrevista, Dirceu destacou que não será candidato sem antes
discutir o assunto com a cúpula do partido. “Eu não vou ser candidato sem antes
conversar. Vou conversar com o PT, com a direção do partido e, se for o caso,
com o próprio presidente Lula. Vou também conversar com todos aqueles que me
apoiam”. “Já fui deputado estadual e federal, ministro. Não tenho pretensão
alguma de voltar ao governo aos 80 anos de idade. Posso contribuir fora do
Parlamento. Mas posso também ir para o Parlamento”, completou.
O ex-ministro também disse ter sofrido pressões para que
delatasse o presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato. “Fui submetido a
tudo para que eu delatasse. Tudo o que foi feito comigo era para que eu
delatasse o Lula. No powerpoint (apresentado por Deltan Dallagnol), só tem um
nome além de Lula: o meu”, afirmou.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL
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