Mais da metade dos trabalhadores brasileiros estão com algum tipo de problema financeiro, segundo a pesquisa Saúde e Gestão, da fintech Onze
Brasil de Fato -
Mais da metade dos trabalhadores brasileiros estão com algum tipo de problema financeiro, segundo a pesquisa
Saúde e Gestão, da fintech Onze, situação que impacta a saúde mental das
pessoas. Alguns dados da economia são positivos: a renda média domiciliar per capita cresceu
e o mercado de trabalho está mais aquecido em 2024, mas a inflação, que
está em desaceleração, ainda é alta. A taxa de juros, apesar de estar em queda
desde 2023, segue sendo alta. Esses são alguns dos desafios e pautas em
debate neste 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.
O sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), explicou
porque a redução da taxa de juros é um tema tão importante para os
trabalhadores:
"O Brasil aplica ainda uma das maiores taxas de juros do planeta. Isso, em
certa medida, é um freio muito grande a economia e coloca severas restrições ao
crescimento. Solicitar e reivindicar a menor taxa de juros significa apoiar o
crescimento econômico, a geração de emprego e ampliação da capacidade produtiva
do país".
A prévia do IPCA mostrou desaceleração da inflação. A taxa
de 0,21% é a menor para abril desde 2020, quando a economia brasileira sentia
os impactos da pandemia. Para Lúcio, a desaceleração é um bom sinal e dá um
maior argumento para que a sociedade pressione o Banco Central a diminuir a
taxa de juros.
"Nós caminhamos rapidamente para uma inflação acumulada em
12 meses menor do que 4%, nos aproximamos das metas que o Brasil adota e,
portanto, sem a necessidade do Banco Central colocar um pé no freio tão severo
como vem colocando na economia brasileira", afirmou.
Saiba mais - A
deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, fez duras
críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma entrevista
ao podcast Flownews, na sexta-feira (26). Hoffmann acusou Campos Neto de buscar
uma desculpa para boicotar o Brasil ao expressar preocupações sobre o possível
impacto do crescimento do emprego na inflação do setor de serviços durante um
evento.
Segundo Hoffmann, essa postura é
"criminosa" e serve como justificativa para manter a taxa básica de
juros (Selic) em níveis elevados, o que prejudica os investimentos das empresas
e afeta a população. Ela argumenta que as declarações frequentes do presidente
do BC contradizem conquistas importantes para o bem-estar dos brasileiros, como
o aumento do emprego e da renda.
Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário