"Estou dizendo que houve [anistia] lá atrás. Para fatos, no meu entender, muito mais graves", argumentou o governador de Minas Gerais
Governador de Minas
Gerais, o bolsonarista Romeu Zema (Novo), em entrevista a Paulo Cappelli, do Metrópoles,
defendeu uma anistia aos presos pela participação nos atos golpistas de 8 de
janeiro de 2023, quando militantes de extrema direita invadiram e depredaram as
sedes dos Três Poderes em Brasília, em uma tentativa de tomada do poder.
Zema justificou sua fala lembrando da anistia conferida a
pessoas que cometeram atos "muito mais graves", segundo ele, durante
a ditadura militar no Brasil. “Vamos analisar o passado. Nós tivemos no Brasil
uma anistia, inclusive, para pessoas que portaram arma, deram tiros e mataram,
não foi? Pelo que eu acompanho, nós não tivemos nada disso com quem, agora,
estão falando que é contra a democracia".
O governador ainda minimizou o 8 de janeiro, afirmando não ter
se tratado de uma tentativa de golpe, apesar das fartas evidências. “Os atos do
8 de Janeiro, para mim, foram atos de vandalismo. Não vi ninguém armado ali
dando tiro, querendo se apropriar de algum poder. Inclusive eu tive de depor na
Polícia Federal, no ano passado, porque eu falei que aqueles atos deveriam ser
investigados em todos os ângulos. Tanto investigar quem patrocinou, quem fez
atos de depredação, como também quem vacilou na vigilância".
Questionado objetivamente se defende uma anistia, Zema se
esquivou, mas deixou clara sua preferência pelo perdão aos golpistas.
"Estou dizendo que houve [anistia] lá atrás. Para fatos, no meu entender,
muito mais graves. Agora, eu acho que temos uma investigação em curso, que
precisa ser concluída. Os fatos têm de ser esclarecidos".
Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Paulo Cappelli, no Metrópoles
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