A queixa será apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns nesta sexta-feira (8), durante reunião do colegiado em Genebra, na Suíça
O governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), será denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) pela escalada da violência policial na Baixada Santista, no litoral paulista, que já causou 39 mortes de civis, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.
“A queixa será apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns nesta sexta-feira (8), durante reunião do colegiado em Genebra, na Suíça. No discurso que será lido, Tarcísio será citado como responsável por deliberadamente investir na violência policial contra pessoas negras e pobres", destaca a jornalista.
"O governador Tarcísio de Freitas promove atualmente uma das operações mais letais da história do estado: a Operação Escudo", afirma o documento, obtido pela coluna. "Há denúncias de execuções sumárias, tortura, prisões forjadas e outras violações de direitos humanos, bem como a ausência deliberada de uso das câmeras corporais."
Saiba mais - Um mês após o início da Operação Verão, na Baixada Santista, em São Paulo, a letalidade policial cresceu 94% no primeiro bimestre, em comparação com igual período de 2023. Houve um salto de 69 para 134 mortes por policiais no período que marca ainda o segundo ano da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em fevereiro, 39 delas aconteceram em meio à operação no litoral sul paulista.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (4) pelo portal g1, têm como base um levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público Estadual. Os números incluem as mortes cometidas por policiais em serviço e na folga em todo o território paulista. A alta nas mortes por intervenção, contudo, foi puxada principalmente pela letalidade policial em serviço. Em 2023, foram 49 casos, com salto de 129%, somando 112 mortes no primeiro bimestre deste ano.
Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S. Paulo
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