Ex-policial militar é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes
Na negociação de um
acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da
República (PGR), o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor do
assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes,
recebeu benefícios em troca de informações sobre o caso.
Segundo o jornal O Globo,
Lessa concordou em colaborar na identificação dos mandantes dos homicídios em
troca de uma espécie de unificação das sentenças, estabelecendo uma pena total
que deve variar entre 20 e 30 anos de prisão. Atualmente, Lessa responde a dez
ações penais, incluindo dois processos por duplo homicídio e tráfico de armas.
Detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), o ex-policial militar
poderá, caso o acordo seja homologado, cumprir sua pena em uma unidade
carcerária no Rio de Janeiro.
O acordo de delação de Lessa levantou novas informações sobre os
supostos mandantes do crime. Em seus depoimentos, ele mencionou uma autoridade
que não estava no exercício da função na época dos homicídios, que completaram
seis anos nesta quinta-feira (14).
Com isso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o
caso estava em tramitação, encaminhou o inquérito ao Supremo Tribunal Federal
(STF), considerando-o o foro adequado para o julgamento.
O STF é responsável pelo julgamento de autoridades com foro
privilegiado, como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados
federais e integrantes dos tribunais superiores. A relatoria do processo ficará
a cargo do ministro Alexandre de Moraes.
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 por sua
participação nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Na delação de
Élcio de Queiroz, também ex-policial militar, Lessa é apontado como o autor dos
disparos que vitimaram a vereadora e o motorista. Lessa foi expulso da
corporação e condenado, em 2021, e condenado a quatro anos e meio de prisão
pela ocultação das armas utilizadas no crime.
Fonte: Brasil 247 com informação do jornal O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário