Advogados alertam que essa prática, chamada de "simulação", pode ser interpretada como fraude em caso de condenação
Preso em Tremembé,
interior de São Paulo, por estupro, o ex-atacante Robinho multiplicou seu
patrimônio milionário ao longo dos anos. Documentos obtidos pelo UOL indicam
que o patrimônio de Robinho e sua família cresceu significativamente nesse
período. De acordo com os registros, o patrimônio familiar inclui um total de
20 imóveis e oito veículos, distribuídos nos nomes de Robinho, sua esposa e
seus pais. No entanto, apenas alguns dos imóveis adquiridos nos últimos anos
estão diretamente registrados em nome do ex-jogador. A defesa de Robinho não
fez comentários sobre o assunto, e a esposa do jogador, Vivian Guglielmetti,
também não se manifestou.
Desde 2014, Robinho e sua esposa adquiriram sete imóveis
na região de Santos, totalizando um investimento de R$ 6,4 milhões. Estes
imóveis se valorizaram ao longo do tempo, alcançando um valor estimado em mais
de R$ 10 milhões atualmente. Curiosamente, seis desses imóveis estão
registrados apenas em nome de Vivian, enquanto apenas um está exclusivamente em
nome de Robinho. A escritura dos imóveis revela a existência de um pacto
antenupcial datado de 2009, que estabelece o regime de separação total de bens
no casamento. Este pacto prevê que cada cônjuge tem a livre administração de
seus próprios bens, sem responsabilidade pelas dívidas contraídas pelo outro,
antes ou depois do matrimônio.
Além dos imóveis, o casal também adquiriu seis veículos no
período, totalizando um investimento próximo a R$ 1 milhão. Estes veículos
estão registrados em nome da esposa, da empresa de Robinho ou até mesmo da mãe
do jogador.
A movimentação de bens para nomes de parentes próximos
durante um processo legal levanta questões legais. Advogados alertam que essa
prática, chamada de "simulação", pode ser interpretada como fraude em
caso de condenação. Por exemplo, em casos de indenizações por danos morais, a
ocultação de patrimônio pode influenciar no cálculo das compensações.
Robinho foi preso após decisão do STJ, que não
julgou o mérito do processo de estupro, mas sim a adequação da decisão
estrangeira aos requisitos legais brasileiros. O caso remonta a um episódio
ocorrido em 2013, em Milão, na Itália, onde o ex-jogador e outros cinco amigos
foram acusados de estuprar uma mulher albanesa.
Fonte: Brasil 247 com informações no UOL
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