Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou à PF que informou ao general Augusto Heleno, então chefe do GSI, que não apoiaria uma tentativa de golpe de Estado
O tenente-brigadeiro
do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea
Brasileira (FAB), afirmou em seu depoimento à Polícia Federal que o general
Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do
governo Jair Bolsonaro (PL), teria ficado “atônito” ao ouvir sua recusa para
participar de um golpe de Estado visando impedir a posse do presidente Lula
(PT) e reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Segundo Baptista Júnior, o encontro com Heleno teria
acontecido no dia 16 de dezembro de 2022, durante uma cerimônia de formatura do
Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), onde o neto do general era um dos
formandos. Na ocasião, Heleno teria solicitado uma vaga em um avião da FAB para
retornar à Brasília, pois havia sido convocado por Jair Bolsonaro para uma
“reunião urgente”.
À PF, Baptista Júnior disse ter
estranhado a urgência de uma reunião no final de semana e que chamou Heleno
para uma conversa reservada. Na ocasião, ele teria afirmado que a FAB "não
anuiria com qualquer movimento de ruptura da ordem democrática" e que
Heleno reafirmasse o seu posicionamento ao então mandatário. Heleno, segundo o
depoimento, teria ficado “atônito” e “desconversado sobre o assunto”.
Fonte: Brasil 247
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