Defesa do general afirmou que durante a intervenção no Rio a seleção e indicação para nomeações eram feitas pelo então Secretário de Segurança Pública
O Psol solicitou que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o general Walter Braga Netto — o interventor da Segurança Pública no Rio de Janeiro durante o governo Temer — por ter nomeado o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do estado na véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco. O pedido foi encaminhado ao Procurador Geral da República (PGR), Paulo Gonet.
Mais de seis anos após o crime, a Polícia Federal prendeu Barbosa preventivamente na manhã deste domingo. Ele é suspeito de ter agido para proteger os mandantes. A delação do ex-PM Ronnie Lessa indica que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, encomendaram o assassinato da vereadora.
No documento, o partido argumenta que Braga Netto foi informado de que Barbosa era suspeito de ter vínculos com a milícia carioca e não era recomendado para liderar a corporação.
“Ao nomear Rivaldo Barbosa, Braga Netto concedeu o poder necessário ao executor — e a uma das mentes por trás — do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Fica a indagação: qual seria a motivação do Sr. Braga Netto para ignorar as conexões do Sr. Rivaldo Barbosa com a milícia?”, questiona o partido no documento.
A defesa do general afirmou que, durante o período da intervenção no Rio, a seleção e indicação para nomeações eram conduzidas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública. “Durante o período da Intervenção Federal na área da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em 2018, a Polícia Civil era diretamente subordinada à Secretaria de Segurança Pública. A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária. Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área da segurança pública no RJ”, declarou a defesa de Braga Netto.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
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