Em reação à postura hostil do ultradireitista argentino, a empresa Gezhouba deixa o país, levando consigo engenheiros, operários e diretores envolvidos em projeto 'crucial'
Considerada a "primeira
represália da China contra o presidente argentino Javier Milei", a empresa
chinesa Gezhouba, responsável pela construção das represas em Santa Cruz,
paralisou as operações e demitiu todos os trabalhadores na Argentina, informa o
portal La Política Online. A decisão surge em meio a tensões entre o governo
argentino e a China.
As represas, inicialmente orçadas em USD 4.7 milhões, são
consideradas um projeto crucial para a China fora de seu território. A obra
teve início em 2013, mas foi interrompida durante o governo de Mauricio Macri e
retomada, com lentidão, durante a gestão de Alberto Fernández.
O atual governo do ultradireitista Javier Milei, por sua vez,
adotou uma postura hostil em relação à China, o que culminou na paralisação das
obras. A empresa chinesa decidiu abandonar o país, levando consigo engenheiros,
operários e diretores que estavam envolvidos no projeto.
A paralisação resultou na demissão de 1.800 trabalhadores
e levanta preocupações sobre possíveis novas represálias por parte da China,
que poderiam incluir a execução de créditos vinculados a outros projetos no
país, totalizando mais de USD 30 bilhões.
A situação também levanta preocupações
sobre o futuro das relações comerciais entre a Argentina e a China, o segundo
maior parceiro comercial do país. A tensão poderia resultar na suspensão de
compras de produtos argentinos, como soja e carne.
Fonte: Brasil 247 com informação do portal La Política On Line
Nenhum comentário:
Postar um comentário