Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi filmado entrando na Embaixada da Hungria
A revelação, pelo jornal The
New York Times, de que Jair Bolsonaro teria, após a megaoperação da Polícia
Federal sobre a tentativa de golpe de estado, se escondido na
Embaixada da Hungria, em Brasília repercutiu fortemente entre
políticos nesta segunda-feira (25).
Bolsonaro teve seu
passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das
investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de
fevereiro, ele foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu
até o dia 14. Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo
embaixador húngaro e sua equipe.
A estadia de
Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o
primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como
um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não
poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro
e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.
Uma série de
políticos foi às redes sociais comentar o que chamaram de "plano de
fuga" de Jair Bolsonaro. Segundo o deputado federal Lindbergh Farias,
Bolsonaro é um "covarde". "O recibo foi passado! Sem
anistia!", escreveu ele no X.
O também deputado
federal André Janones foi às redes pedir a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.
"O risco de fuga de Jair Bolsonaro por si só já justifica sua prisão
preventiva", escreveu.
O deputado Alencar
Santana afirmou que Bolsonaro planejava sua fuga através de um pedido de asilo
político: "Então quer dizer que Jair Bolsonaro tentou FUGIR do Brasil para
não ser preso? Esteve hospedado durante dois dias na Embaixada da Hungria, planejando
a fuga através de um pedido de asilo político? É isso mesmo?".
O deputado federal
Pedro Uczai citou as ligações entre Bolsonaro e o líder húngaro, Viktor Orban,
ambos de extrema direita: "A pergunta que fica no ar é: Por que será que
Bolsonaro correu para lá? O que se sabe é que o primeiro-ministro hungaro Viktor
Orban é um extremista aliado do Bolsonaro".
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