sábado, 30 de março de 2024

PM de Tarcísio executa mais um homem no Guarujá em terceira fase da Operação Verão

 

Operação Verão, mais letal ação da polícia paulista desde 1992, já deixou 56 mortos em municípios do litoral de São Paulo

PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas
PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)

 

A Polícia Militar de São Paulo matou um homem em um suposto confronto na Vila Santa Rosa, bairro localizado no Guarujá, litoral sul de São Paulo, na tarde da quinta-feira (28). A morte do homem, identificado como Cesinha, de 22 anos, eleva para 56 o total de vítimas fatais registradas na Operação Verão, deflagrada em dezembro pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicamos). A ação policial no litoral paulista é a mais letal desde o massacre do Carandiru, em 1992. Também nesta semana, Edneia Fernandes, mãe de seis filhos, faleceu após ser atingida por uma bala na cabeça durante um suposto confronto entre policiais e suspeitos em uma praça de Santos.

Segundo o Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais realizavam patrulhamento nas proximidades da Praça do Povo, no Guarujá, quando avistaram o suspeito portando uma pistola calibre .40, além de uma sacola e um radiocomunicador. O suspeito teria reagido à tentativa de abordagem, o que teria levado a uma troca de tiros. Além da ação que resultou na morte do suspeito, a polícia apreendeu 379 porções de drogas, incluindo maconha, cocaína, crack e haxixe. O caso será investigado pela Delegacia Sede do Guarujá

Este incidente eleva para 56 o número de mortos na Baixada Santista desde o início da 3ª Fase da Operação Verão, em 3 de fevereiro. Das últimas seis vítimas, cinco foram registradas no Guarujá. Na quarta-feira, a cabeleireira Edneia Fernandes foi atingida na cabeça quando estava em uma praça da cidade. Ela chegou a ser socorrida por transeuntes, mas faleceu um dia após a internação em um hospital local.

Segundo a Secretaria de Segurança, ela foi baleada durante uma troca de tiros entre PMs e dois suspeitos que estariam em uma moto. Testemunhas, porém, contestam a versão oficial e dizem que houve apenas um disparo que teria sido feito quando três motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) passaram pelo local.

No dia 25 de março, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo divulgou um relatório apontando uma série de irregularidades nas ações policiais na Baixada Santista. Dentre as denúncias destacam-se acusações de tortura e execução sumária. Organizações de direitos humanos também levaram suas denúncias sobre as ações da PM no litoral até a ONU. No último dia 8, o governador afirmou "não estar nem aí" para as possíveis denúncias de violações apresentadas perante o colegiado internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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