PF suspeita que o ex-ministro propôs uma interpretação do artigo 142 da Constituição Federal que viabilizaria uma ação militar para impedir a posse do presidente Lula
A Polícia Federal
(PF) deverá convidar o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello
(PL-RJ) para depor no âmbito do inquérito que apura o suposto planejamento de
um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Sila
(PT). Segundo a CNN Brasil,
a data da oitiva, contudo, ainda não foi definida.
Embora Pazuello não seja alvo direto da investigação, a PF
busca esclarecimentos sobre uma reunião que ele manteve com com Jair Bolsonaro
(PL), no dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada. O encontro ocorreu
uma semana após o segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com a reportagem, “a PF suspeita que, no encontro,
Pazuello propôs uma interpretação do artigo 142 da Constituição Federal (CF)
que viabilizaria uma ação militar” para impedir a posse de Lula.
As investigações revelam que, em uma mensagem de áudio
dirigida ao então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, o
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mencionou as
pessoas que estiveram presentes em encontros com Jair Bolsonaro. Pazuello
estaria entre as pessoas citadas por Cid.
Em seu depoimento à PF, Freire Gomes explicou que, devido ao
fato de Pazuello já estar na reserva e eleito como deputado federal, ele
considerou a situação como uma questão política, sem influência direta sobre as
Forças Armadas. O ex-comandante ainda enfatizou que a proposta apresentada por
Pazuello “não teria respaldo” das Forças Armadas.
Além disso, a PF também questionou o ex-ministro da
Justiça, Anderson Torres, sobre a referida reunião entre Pazuello e Bolsonaro.
Torres esclareceu que não estava presente no Palácio da Alvorada durante o
encontro.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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