Investigadores dizem já ter provas
suficientes de que Bolsonaro tramou contra as eleições, planejou uma maneira de
permanecer ilegalmente no poder e conspirou contra instituições
Após meses de
investigação minuciosa, a Polícia Federal (PF) avalia, segundo Guilherme Amado,
do Metrópoles,
ter reunido elementos suficientes para indiciar Jair Bolsonaro (PL) e os
ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno pelo crime de tentativa de
abolição do Estado democrático de direito. Segundo a PF, as evidências incluem
depoimentos cruciais dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general
Freire Gomes e brigadeiro Baptista Júnior, respectivamente, bem como material
probatório substancial, como o vídeo da reunião ocorrida em 5 de julho de 2022.
Esses elementos, somados, descrevem um padrão de comportamento ao longo do ano
de 2022, no qual Bolsonaro teria conspirado contra o sistema eleitoral,
planejando manter-se no poder mesmo após a derrota eleitoral e conspirado
contra instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
De acordo com o entendimento da PF, tanto Braga Netto
quanto Heleno estiveram envolvidos ativamente no planejamento do que foi
descrito como uma tentativa de golpe contra a ordem democrática.
O crime em questão está previsto no
artigo 359 do Código Penal, que define: “tentar, com emprego de violência ou
grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo
o exercício dos poderes constitucionais”. Para esse crime, a pena prevista é de
reclusão de quatro a oito anos. Tanto Bolsonaro quanto Braga Netto e Heleno
devem ser indiciados também por outros crimes.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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